LISBOA – Um concerto de jovens estudantes do Instituto Nacional de Música do Afeganistão, escola fundada em 2010 por Ahmad Sarmast para permitir o estudo da música sem distinção de género, arranca esta noite a 39ª edição do Festival Internacional de Almada, o maior Festival de Teatro Português
Fugindo do Talibã, uma centena de estudantes foi acolhido em Portugal em dezembro passado e integrado nos cursos do Conservatório de Lisboa (ainda que, nestes dias, um projeto do governo para redistribuí-los para outras regiões do país tenha incentivado a protestar).
As actuações em Almada decorrerão até 18 de Julho e contam com a participação de muitos artistas lusitanos e internacionais vindos sobretudo da Europa, mas também de África e América. A Itália, graças também ao apoio oficial do Instituto Italiano de Cultura em Lisboa, será representada por Ascanio Celestini com o seu monólogo Museo Pasolini, aqui apresentado por ocasião do centenário do nascimento do cineasta poeta (apresentado nos dias 7, 8 e 9 de julho).
Mas a presença italiana acaba em várias outras contribuições para este festival. Vão desde Selvagem (selvagem) – peça dos portugueses Marco Martins e Patrícia Portela sobre o uso ritual de máscaras, a partir de uma ideia do italiano Renzo Barsotti, que co-produziu com o Teatro di Sardegna – a várias participações em paralelo eventos de artistas como o músico Donatello Brida ou o encenador Giacomo Scalisi, que encena um conto musical de inspiração africana, Milho por peixe. Hokuspocus, show da companhia berlinense Familie Flöz, fechará a mostra.
“Analista. Criador hardcore. Estudioso de café. Praticante de viagens. Especialista em TV incurável. Aspirante a fanático por música.”