O sucesso da defesa da Ucrânia depende não apenas da coragem de seus soldados e do povo, mas também do ritmo de entrega de munição e armas a Kiev. Dizê-lo, durante a conferência final de Conselho dos Negócios Estrangeiros em Bruxelaso Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Joseph Borrell. “É por isso que o apoio militar deve continuar, deve ser aumentado, deve ser ampliado. Mais sistemas de defesa aérea farão a diferença no campo de batalha, isso é fundamental”, acrescentou, reiterando o convite aos Estados membros para que superem as divergências e se comprometam com o fornecimento rápido de armamentos . A crise na Ucrânia, como esperado, permaneceu no centro da reunião dos chanceleres europeus em Bruxelas. Uma questão, a da guerra, que, no entanto, se desenrola em várias frentes, não só na da ajuda militar. Aliás, na mesa do Conselho, também as discussões sobre o décimo primeiro pacote de medidas restritivas anunciado em Moscovo, que tarda a chegar, sobretudo pela falta de acordo entre os Estados-Membros da UE e a Hungria, também no pagamento da oitava prestação dos reembolsos da ajuda militar ao abrigo do European Peace Facility, na sequência da inclusão do banco magiar Otp na lista negra de patrocinadores internacionais da guerra indicados por Kiev. É por isso que, nas discussões de hoje, foram tomadas medidas para buscar mais um acordo político do que um acordo real sobre sanções.
Tamanho único, em suma, isto poderá colocar os ministros europeus na mesma linha, rumo a uma iminente adoção das novas medidas restritivas, destinadas sobretudo a combater a evasão das sanções já aprovadas nos últimos meses. “Nas sanções, leva tempo e temos que trabalhar. Estes não são problemas tão fáceis de resolver. Hoje foi feita uma avaliação política, a orientação é apoiar a Ucrânia em todo caso”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, em coletiva de imprensa à margem do Conselho. “Continuaremos a apoiar a Ucrânia tentando evitar qualquer evasão das medidas. O tema é importante. O compromisso de nos apoiar, sob este ponto de vista, partiu também dos países candidatos à entrada na UE nos Balcãs”, a- acrescentou. A evasão já admitida por diversas vezes por Bruxelas, e sobretudo por países terceiros, que muitas vezes podem comprar mercadorias europeias e depois exportá-las para Moscovo. Como é o caso do aumento das exportações de automóveis europeus para a Ásia Central, que aumentaram 300%, contra 80% queda nas vendas da UE para a Rússia, números confirmados pelo Alto Representante Borrell em conferência de imprensa e sobre os quais, como ele próprio insinuou, Bruxelas está a trabalhar para resolver o problema. “Até o momento, conseguimos encontrar soluções para cada estado membro e em cada parcela de apoio militar. Estou certo de que continuaremos a fazê-lo. Mas isso requer um diálogo entre nós”, afirmou.
Um resfriado, o russo, que o chefe da diplomacia europeia também denuncia por tentar comprometer o caminho de aproximação dos Estados dos Balcãs Ocidentais à Europa. “Saudamos as escolhas estratégicas corajosas de alguns dos países, que se alinharam totalmente com nossa política externa e nossas sanções, mas indicamos, para aqueles que ainda não se alinharam totalmente, ou não se alinharam de forma alguma”, ou seja, a Sérvia, ” que manter laços estreitos com a Rússia não é compatível com o seu processo de adesão à União Europeia”, afirmou Borrell durante a conferência de imprensa, sublinhando a posição da UE. A boa notícia, como o próprio Alto Representante confirmou mais tarde, advém de alguns resultados militares, com a conclusão do treino de 15.000 militares ucranianos pela missão de formação europeia. A estes, prosseguiu, “serão acrescentados mais 15 mil até ao final do ano”. No âmbito das discussões no Conselho de Relações Exteriores, que não chegou oficialmente à mesa dos ministros da UE, também o possível envio de caças F16 para Kiev, decisão que não diz respeito diretamente à Itália, que não tem o avião solicitado por Zelenski . “Não temos F16, não podemos enviar aviões que não temos para a Ucrânia. Mas acredito que todas as questões relativas a decisões de tipo militar ou ações para a defesa da Ucrânia devem ser tomadas em conjunto pela OTAN e pela União”, disse Tajani na coletiva de imprensa. As discussões sobre o assunto, continuou ele, provavelmente ocorrerão no Conselho informal da OTAN em 31 de maio e 1º de junho, culminando na cúpula da OTAN em Vilnius em julho. serão discutidos lá”, acrescentou Tajani.
Conforme confirmado mais tarde naquela noite também pelo ministro das Relações Exteriores espanhol José Manuel Albares, em coletiva de imprensa após o encontro em Bruxelas, porém, não houve discussões sobre o assunto. Não apenas a Ucrânia, no entanto, nas discussões em Bruxelas. Durante o dia, a questão tunisiana também ganhou destaque entre os ministros europeus, com a Itália pressionando bastante o assunto, como o próprio Tajani confirmou após a reunião. “Finalmente conseguimos transformar o debate sobre a Tunísia em uma vontade real de enfrentar pragmaticamente a situação do país, o que para nós é fundamental para garantir a estabilidade na região, mas também para conter o fluxo de imigrantes irregulares que saem primeiro e principalmente do porto de Sfax”, disse ele. “Graças à nossa insistência, e graças à nossa ação, muitas coisas mudaram, por isso estamos satisfeitos”, acrescentou. O próprio ministro italiano explicou então que havia insistido muito , durante o encontro que teve com o seu homólogo sueco, sobre o acordo a alcançar para o pacto europeu sobre migração e asilo, certamente tendo também em conta a questão da migração interna, mas que deverá abordar também a questão da migração externa, porque se a imigração irregular do exterior está a aumentar, a imigração irregular dentro da União Europeia também está a aumentar”. Tal como a Itália, continuou o Ministro, “estamos interessados em encontrar uma solução equilibrada que não penalize o nosso país, que se debate com o problema da migração externa ao longo da rota do Mediterrâneo e, ao longo da rota dos Balcãs, também com alguns problemas de imigração interna”. Não podemos ser o local de desembarque onde ficam os imigrantes irregulares que querem ir para outro lugar. Precisamos de uma estratégia europeia abrangente que não penalize o nosso país. Estamos trabalhando e quero estar otimista”, concluiu.
situação tunisina, como também aprendemos com as frentes diplomáticas, também ilustradas pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, protagonista nos dias 9 e 10 de maio com o seu homólogo belga, de uma missão ao país da parte do Alto Representante Borrell. Conforme apuramos junto de fontes, o ministro português sublinhou que “a atenção prestada nos últimos meses tem sido apreciada e os seus frutos devem ser colhidos”. A Itália também participou da discussão, falando primeiro e, segundo as fontes, sendo apoiada e citada por alguns ministros de outros países. “Durante as trocas, foi sublinhado em várias ocasiões que o compromisso da UE com a Tunísia é essencial, dados os riscos do ponto de vista económico, migratório e geopolítico”, conclui a fonte. Entre os vários aspectos discutidos, houve também o relacionado com o apoio do Fundo Monetário Internacional e as reformas necessárias. No final do dia, finalmente houve espaço para a aprovação de um novo pacote de sanções contra mais cinco indivíduos e duas entidades responsáveis por graves violações de direitos humanos no Irã.
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