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O que Fátima representa para a fé?
o mistério das aparições marianas sempre fascinou qualquer um. Este nome, Fátima, na memória de cada crente representa inúmeros sentimentos, imagens e pensamentos. Comecemos pelo primeiro flash que corre e flui nesta memória: Fátima, Portugal, e logo pensamos nas aparições – esta é uma das mais recentes aparições marianas reconhecidas oficialmente pelo Igreja Católica – do Virgem Maria aos três pastorinhos Lucy Santos (10 anos), Jacinto Marto (7 anos) e Francisco Marto (9), irmão de Jacinta e primo de Lúcia.
Foi o 13 de maio de 1917, quando as três crianças, enquanto cuidavam do pasto da Cova da Iria (Conca di Iria), perto da cidade portuguesa de Fátima, relataram ter visto uma nuvem descer e, ao clarear, a silhueta de uma mulher vestida de branco com um rosário na mão dela. Era Ela, a Mulher das mulheres, a Virgem Maria. Após esta primeira aparição, Nossa Senhora marcou um encontro com as três crianças para o dia treze de cada mês, até 13 de outubro. E, precisamente em 13 de outubro de 1917, algo especial aconteceu: vários milhares de pessoas, crentes e não crentes, relataram ter presenciado um fenômeno chamado “milagre do sol”.
E como a Igreja falou sobre essas aparições? Em 28 de abril de 1919, iniciou-se a construção da Capela das Aparições. A 13 de Outubro de 1930, o Bispo de Leiria declarou “confiáveis” as visões das crianças da Cova da Iria, autorizando oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima. Este foi o início de uma das mais importantes devoções marianas. A primeira pedra da maior igreja foi abençoada em 13 de maio de 1928 pelo Arcebispo de Évora. A coroação da estátua da Virgem ocorreu em 13 de maio de 1946 pela mão do Cardeal Benedetto Aloisi Masella, como legado papal. Enquanto a dedicação da igreja com o título de Nossa Senhora do Rosário ocorreu em 7 de outubro de 1953. O título de basílica foi então concedido pelo Papa Pio XII com o Breve “Luce Supernal” em 11 de novembro de 1954.
Até aqui o que poderia definir até certo ponto a história traçada nas páginas da história da Igreja. Mas Fátima é “algo” mais: é um sentimento, uma devoção, um coração sempre pronto a expandir e incorporar inúmeros “fatos”. Destes, certamente, as visitas dos papas a este lugar não são de importância secundária. O primeiro papa a visitar este lugar tão impregnado de história foi Paulo VI, um pontífice muito apegado à figura de Nossa Senhora; bastaria lembrar que a famosa expressão “via pulchritudinis” é sua.
Quando ele foi a esses lugares, foi em 13 de maio de 1967, por ocasião do cinquentenário das Aparições. Mas certamente o que a opinião pública tem em mente são as visitas de João Paulo II, que ocorreu: a primeira, em 13 de maio de 1982, exatamente um ano após o atentado sofrido na Praça de São Pedro (cuja bala foi cravada na coroa da estátua em sinal de agradecimento), renovando os dois atos de consagração feita por Pio XII; depois, o segundo em 1991, dez anos após o ataque; e, finalmente, em 13 de maio de 2000, proceder à beatificação dos irmãos Marto.
A história de João Paulo II E aquele de Virgem de Fátima fundem-se num entrelaçamento “misterioso”: é precisamente no dia 13 de maio que o pontífice polonês corre o risco de perder a vida no ataque a São Pedro. Ano 1981. O Papa Emérito Bento XVI também visitou Portugal: foi em 2010, por ocasião do décimo aniversário da beatificação de Jacinta e Francesco Marto. 2017, o ano do primeiro centenário, viu a chegada do Papa Francisco.
Mas outros eventos estão ligados à Virgem de Fátima: falamos de atos de consagração ao seu Imaculado Coração. Recentemente, por causa da guerra na Ucrânia, o assunto voltou às colunas de todos os jornais: o Papa Francisco, de fato, em 25 de março, consagrou o mundo ao Imaculado Coração da Virgem. Mas antes dessa data, vários papas fizeram este “gesto”: em 31 de outubro e 8 de dezembro de 1942, aconteceu “pela mão” do Papa Pio XII que consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria e em 7 de julho de 1952 ele consagrou os povos da Rússia de modo especial a Maria; depois dele, o Papa Paulo VI, no final da terceira sessão do Concílio Vaticano II (21 de novembro de 1964), renovou a consagração da humanidade ao Imaculado Coração da Santíssima Virgem; depois o Papa mariano por excelência, João Paulo II, em 24 de março de 1984, em comunhão espiritual com todos os bispos do mundo.
Fátima, um dos mais fascinantes “mundos marianos”, que pela sua história marcou a da Igreja.
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