(ANSAmed) – LISBOA, 4 DE MAIO – Portugal tem um plano que lhe permitirá reexportar gás natural para o resto da Europa este ano, contribuindo assim para o esforço de independência do gás russo. A notícia foi dada pelo semanário Expresso que teve acesso aos documentos elaborados pelo grupo de trabalho responsável pelo projeto.
Segundo relatos, o plano diz respeito ao porto de Sines, no Alentejo, onde as águas são suficientemente profundas para receber navios de grande porte, podendo transportar até 150 a 200 mil metros cúbicos de gás. Como salienta o Expresso, Portugal importa e consome 5,5 mil milhões de metros cúbicos (Gm3) de gás natural por ano. Um investimento no porto de Sines poderá mais do que duplicar a capacidade de recepção, permitindo a reexportação de cerca de 6 Gm3 nomeadamente para o Norte da Europa. Para já, explica o semanário, o grupo de trabalho do porto de Sines apresentou várias hipóteses para a implementação do plano sem interromper a normal actividade portuária. O principal obstáculo continua a ser a concorrência – com outros países como Espanha e Itália procurando consolidar-se e estabelecer-se no negócio de reexportação de gás, transbordo. No entanto, Portugal tem ainda um grande trunfo a seu favor: a sua posição estratégica no Atlântico que separa a Europa dos Estados Unidos (ANSAmed).
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