Líquido dos elogios e interesses da edição, tudo já ficou claro após a condenação do Colégio de Garantia Coni, que confirmou a sentença da Justiça Federal ao confirmar as inabilitações de Agnelli & C., rejeitando de fato a tese da defesa da Juventus. Desmontados palavra por palavra nas 75 páginas publicadas ontem, tecnicalidades que deram azar e que só serviram para alimentar a ilusão. O famoso pênalti com o elástico: os 15 pontos primeiro retirados, depois devolvidos e retraídos em 25 de maio, talvez não 15, mas ainda o suficiente para manter a Juventus fora das competições da copa do ano que vem.
Os fãs estão desapontados e com raiva, muitos com quem nunca escondeu as verdades e perspectivas, mas também muitos com a velha gestão, que levou o clube à beira do colapso financeiro, quebrando as regras. Nunca devemos esquecer, e ultimamente temos feito isso com muita frequência, que por estar listada na bolsa de valores, a Juventus é obrigada a se comportar de maneira diferente de outros clubes e também está sujeita a controles diferentes. Daí nasceram as investigações que levaram o clube aos tribunais, às portas de um processo criminal que pode ter consequências ainda mais devastadoras. de alguns anos sem Copas, uma penalidade adicional e até a expulsão de um Scudetto, porque é isso que o clube da Juventus arrisca. sem a intervenção da política, futebol e talvez não só.
Tribunal de Turim reabre caso da Juventus apenas amanhã, com a segunda audiência, ele deve decidir sobre a jurisdição territorial, já que o clube pediu para mover qualquer audiência para Milão ou Roma. É provável que a decisão seja confiada à Cassação, então mais 2 ou 3 meses se passarão. Nada aconteceu ainda. Tempos muito longos que não vão bem com as necessidades e horários do esporte.
Nas próximas semanas, a Juventus terá o outro grande grão de manobras salariais, sobre o qual paira o ar da delação premiada, que os advogados do clube podem buscar para evitar outra sentença dura. Seria uma decisão muito política, mas não seria de estranhar se o Ministério Público Federal concordasse em acabar com ela com uma multa simples, porém alta.
Além disso, na segunda linha de investigação, a mão da política parece já ter passado, tendo em vista que foram excluídos os jogadores, considerados ignorantes, que haviam assinado os acordos e discutiam no chat o que dizer ou não dizer em público sobre os press releases da Juventus, emitidos para a Bolsa de Valores. Qualquer castigo infligido aos jogadores também teria afetado aqueles que hoje já não jogam pela Juventus, como Dybala, acabando por onerar clubes impecáveis, duas vezes vítimas da “deslealdade desportiva” anegro-branca.
Aos que ainda hoje perguntam porque só a Juventus, como se fosse um ato de absolvição, o cosi fan tutti tão em voga nesses casos, vale lembrar que outras investigações estão em andamento com muitos promotores italianos. A questão, se houver, vai convergir em Roma, na mesa do Ministério Público Federal, mas cuidado, não se diz que onde quer que haja um “livro negro de PF” ou uma folha A4, ou que as conversas são gravadas em cujos quadros apicais dizem as mesmas coisas que estão na base da primeira frase, aquela que – goste ou não – fala sobre “conduta sistemática pré-estabelecida” que afetava a “participação leal em competições esportivas”.
@GianniVisnadi
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