Demasiadas mortes entre grávidas, o ministro da Saúde português demite-se: vinte vítimas só em 2020

Dentro Portugal evoca o caso do ex-ministro da Saúde Marta Temidoque ontem, 30 de agosto, renunciou resignação eun seguindo o morte de uma turista indiana grávida. Esta última, na 30ª semana de gravidez, teve um enfarte durante a transferência de um hospital para outro em Lisboa, já que no primeiro, o Santa Maria, o serviço de neonatologia estava cheio. Segundo informações das autoridades, o filho da mulher deu à luz em boas condições de saúde após uma cesariana de emergência, enquanto se abria uma investigação sobre a morte da mãe.

O alarme de escassez de medicamentos em Portugal

Nos últimos meses, Portugal, tal como a Itália, deparou-se com uma grave escassez de médicos e enfermeiros nos hospitais, o que na nação ibérica afecta particularmente os serviços de ginecologia e obstetrícia. A situação obrigou o Ministério da Saúde a ordenar medidas de emergência, como a encerramento de departamentos alguns hospitais nos fins de semana e feriados devido à falta de pessoal. Medidas que, aprovadas pelo Ministro Temido, foram fortemente criticadas porque, muitas vezes, eles obrigam as mulheres grávidas a fazer viagens mais longas e arriscadas para o hospital. Episódios graves já haviam ocorrido nos últimos meses, quando dois recém-nascidos morreram justamente por causa das longas esperas por transferências inter-hospitalares a que as mães foram submetidas.

As reações à demissão

O canal de televisão nacional RTP transmitiu as declarações do Presidente da Ordem dos Médicos Portugueses, Miguel Guimarãessegundo o qual Temido ela teria se demitido porque não encontrou nenhuma maneira de resolver a crise que o país está passando. Uma escolha que, se verdadeira, seria vista com desaprovação pelo presidente da Associação Portuguesa de Saúde Pública, Gustavo Tato Borgesque se disse “surpreendido com a demissão”, que veio precisamente no momento em que era necessário empenhar-se na resolução “dos graves problemas de saúde nacionais”.

A questão parlamentar do PSD e os dados de óbitos

Enquanto isso, após o último caso do turista indiano, o partido social-democrata (PSD) O líder da oposição portuguesa apresentou uma pergunta parlamentar pedir mais esclarecimentos ao Temido cessante – que ainda não foi substituído – sobre o aumento da taxa de mortalidade materna dos últimos anos. Com base em dados fornecidos porInstituto Nacional de Estatística e do mesmo faculdade de saudede fato, há uma tendência de aumento das mortes por 100.000 nascidos vivos: 12,8 em 2017; 17.2 em 2018; até que, após uma inflexão em 2019, ai 20 mortes em 2020. E isso seria o maior número dos últimos 38 anos. A oposição havia pedido um relatório mais detalhado sobre os números revelados em julho passado, mas o ministério, que agora denuncia o PSD, respondeu dizendo que precisava de alguns dias de prorrogação para rever o texto do ponto de vista ortográfico.

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