(ANSA) – ROMA, 17 DE JUNHO – Cerca de 200 países e 1 bilhão de pessoas são afetados pelo processo de desertificação no mundo. Entre os estados mais afetados estão China, Índia, Paquistão e vários países da África, América Latina, Oriente Médio, mas também países da Europa Mediterrânea, como Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, Malta e Itália. O anúncio foi feito pela Associação Nacional de Consórcios para a Gestão e Proteção do Território e das Águas de Irrigação (ANBI) por ocasião do Dia Mundial contra a Desertificação e a Seca.
A Anbi também publicou uma análise dos recursos hídricos na Itália. Cerca de 70% da superfície da Sicília apresenta um grau de vulnerabilidade ambiental médio-alto. Seguem Molise (58%), Puglia (57%), Basilicata (55%). Seis regiões (Sardenha, Marche, Emilia-Romagna, Umbria, Abruzzo e Campania) têm uma percentagem do território em risco de desertificação, entre 30% e 50%, enquanto outras 7 (Calábria, Toscana, Friuli-Venezia Giulia, Lazio, Lombardia, Veneto e Piemonte) estão entre 10% e 25%.
Em Espanha, a desertificação atinge 72% do território, particularmente no sul do país, onde se pratica uma agricultura extremamente intensiva, com uso extensivo de águas subterrâneas. Na Grécia, estima-se que até o final do século, pelo menos 70% do território ficará árido. A ONU estima que uma área de 1 a 6 bilhões de hectares em todo o mundo já esteja comprometida e que em um futuro próximo cerca de 200 milhões de pessoas serão expulsas de suas terras.
Entre as principais causas da desertificação está a extremização dos fenômenos climáticos e consequentemente a aridez causada pelos fenômenos de seca prolongada, mas também por precipitações curtas e violentas, que não restauram, mas corroem a primeira camada de solo mais fértil em solos ressecados. O abandono de áreas cultivadas também é responsável pela degradação do solo. (MANIPULAR).
“Praticante de cerveja incurável. Desbravador total da web. Empreendedor geral. Ninja do álcool sutilmente encantador. Defensor dedicado do twitter.”