Roma, 26 de setembro (askanews) – A vitória da centro-direita e em particular do partido de Giorgia Meloni, Irmãos da Itália, nas eleições políticas italianas de ontem redesenha o mapa dos governos dos países da UE e pode influenciar possíveis alianças e o posicionamento de Roma dentro da União.
Entre os executivos dos países da UE, a direita está no poder na Polônia e na Hungria, os conservadores também lideram o governo na Grécia e as alianças devem se formar na Suécia, após a derrota dos social-democratas em favor das formações de direita. As forças de direita também seguem os governos espanhol e francês após as últimas eleições.
Aqui estão as composições dos governos nos países da UE:
– ÁUSTRIA: o governo Nehammer é formado pela coalizão entre o Partido Popular Austríaco, à direita, e os Verdes.
– BÉLGICA: a coligação é composta por sete partidos, socialistas, verdes e liberais (francês falando com o seu homólogo flamengo) mais os democratas-cristãos flamengos.
– BULGÁRIA: com a queda do governo reformista de Kiril Petkov, líder do movimento centrista e reformista, a Bulgária volta a experimentar instabilidade política e caminha para novas eleições antecipadas no outono. O país há muito é governado pelo Gerb, um partido de centro-direita.
– CROÁCIA: o governo de centro-direita é liderado por Andrej Plenkovic, líder do partido HDZ (União Democrática Croata), conta também com o apoio parlamentar de outras forças políticas, duas de inspiração liberal e representantes das minorias nacionais.
– ESTÔNIA: O primeiro-ministro Kaja Kallas (Partido Reformista da Estônia, centro-direita) governa em coalizão com os social-democratas e o pequeno partido conservador “Isamaa”.
– FINLÂNDIA: A primeira-ministra Sanna Marin lidera uma coalizão formada por seu Partido Social Democrata, o Partido do Centro, a Liga Verde, a Aliança de Esquerda, o Partido Popular Sueco da Finlândia.
– FRANÇA: Após as eleições legislativas em que o partido Renascença do presidente Macron perdeu a maioria, o primeiro-ministro Borne lidera um governo minoritário. O Rally Nacional de Marine Le Pen saiu em primeiro lugar nas pesquisas, o partido de direita francês conquistou 89 assentos (em comparação com os oito anteriores).
– ALEMANHA: a coalizão “Semáforo” entre o SPD, os Verdes e os liberais do FDP é liderada pelo chanceler alemão Olaf Scholz.
– GRÉCIA: após o parêntese do Syriza, a Nova Democracia de centro-direita voltou ao governo e venceu as eleições com grande vantagem. O primeiro-ministro é Kyriakos Mitsotakis.
– IRLANDA: Micheàl Martin é o primeiro-ministro que lidera a histórica coligação entre os dois partidos centrais, protagonistas da guerra civil, Fianna Fàil e Fine Gael, com o Partido Verde. Quadro nascido principalmente na função anti-Sinn Fein.
– LETÓNIA: o governo de coligação é composto por cinco partidos de centro-direita. O primeiro-ministro é Arturs Krisjanis Karins.
– LITUÂNIA: Ingrida Šimonyte é primeira-ministra desde 2020 e lidera um governo de centro-direita com o seu partido União Pátria – Democratas Cristãos Lituanos (TS-LKD).
– MALTA: O Partido Trabalhista ganhou um terceiro mandato no governo, liderado pelo primeiro-ministro trabalhista Robert Abela.
– PAÍSES BAIXOS: o governo liderado, ainda por Mark Rutte, é formado pela coligação entre o Partido Popular para a Liberdade e a Democracia, o partido de centro-direita Appello Cristiano Democrático (Cda), os centristas da União Cristã e o movimento pró-europeu e o liberal Democraten66 (D66).
– POLÔNIA: o partido majoritário é o partido nacional-populista Lei e Justiça (PiS) do ex-primeiro-ministro Jaroslaw Kaczynski. O governo é liderado por Morawiecki.
– PORTUGAL: está em curso o terceiro governo do primeiro-ministro português António Costa, líder do Partido Socialista que obteve maioria absoluta.
– REPÚBLICA CHECA: Petr Fiala é o chefe de governo de uma aliança heterogênea, mas entre Ods (centro-direita), democratas-cristãos, piratas e o partido dos prefeitos democráticos e pró-ocidentais.
– ROMÊNIA: no país, muito instável politicamente, governa uma coalizão liderada por Nicolae Ciuca, general do exército: a aliança foi assinada entre os liberais do PNL, os social-democratas do PSD e o partido da minoria húngara na Romênia (UDMR ).
– ESLOVÊNIA: Robert Golob, líder do Movimento Libertà, governa com os social-democratas e com a esquerda.
– ESLOVÁQUIA: o governo está nas mãos de uma coalizão pró-ocidental.
– ESPANHA: a coalizão executiva entre os Socialistas (PSOE) e o Unidas Podemos (UP) liderada pelo primeiro-ministro Pedro Sanchez no cargo por dois dos dois anos. Também neste caso, a imprensa de direita: o Vox é a terceira força no Congresso dos Deputados espanhol e, segundo as pesquisas, poderá concorrer com o Partido Popular por parte do eleitorado de direita.
– SUÉCIA: O líder do Partido Moderado, Ulf Kristersson, foi encarregado de formar um novo governo na Suécia, embora sua formação tenha ficado em terceiro lugar nas eleições. A coalizão de centro-direita que ele tentará construir inclui liberais e democratas-cristãos, mas garantir a maioria dos assentos também exigirá o apoio dos democratas suecos de extrema-direita, que obtiveram 20% dos votos, logo atrás dos social-democratas. .
– HUNGRIA: O partido ultraconservador Fidesz do primeiro-ministro Viktor Orban conquistou novamente a maioria nas eleições de abril. Orban está no poder há 12 anos. (por Daniela Mogavero)
“Extremo fanático por mídia social. Desbravador incurável do twitter. Ninja do café. Defensor do bacon do mal.”