Segunda-feira, 6 de junho de 2022 – 09h09
França, legislativo: voto estrangeiro e Polinésia, Macron na liderança
Boa afirmação para Nupes, a aliança Melenchon
Roma, 6 de junho (askanews) – Os candidatos nas listas do presidente Macron lideram em termos de votos dos franceses que vivem no exterior e na Polinésia, onde a votação já foi realizada, já que o primeiro turno das eleições legislativas está previsto para domingo, junho 12. A única exceção – de importância – foi a eliminação de Manuel Valls, eliminado no primeiro turno, ultrapassado pelo candidato do Nupes, a aliança de esquerda liderada por Mélenchon que obteve um bom resultado. A partir desses primeiros resultados, a hipótese de um confronto direto entre Macron e Mélenchon pela maioria no parlamento francês parece se confirmar.
“Tomo nota dos resultados (…) Se a dissidência e a divisão semearam confusão, não posso ignorar a minha pontuação e o facto de a minha candidatura não ter convencido”, declarou o ex-primeiro-ministro no Twitter, antes mesmo dos responsáveis pela resultados foram publicados pelo Ministério das Relações Exteriores. Referindo-se ao ex-deputado e candidato dissidente de Marche Stéphane Vojetta, que terminou em 2º, Valls declarou: “Cabe a mim tirar claramente as consequências”, antes de chamar o candidato do Nupes, Renaud Le Berre, que terminou em primeiro na quinto ensino médio. dos franceses que vivem no exterior, que inclui Espanha, Portugal, Mônaco e Andorra e tem aproximadamente 120.000 eleitores registrados.
Nos onze círculos eleitorais de franceses residentes no exterior, o Nupes conseguiu colocar seus candidatos na liderança em dois deles e conquistar o segundo lugar em quase todos os lugares, com exceção do oitavo círculo eleitoral que reúne franceses residentes em oito países mediterrâneos, incluindo Itália e Israel. Neste colégio veio Meyer Habib, candidato da UDI.
No 1º círculo eleitoral, que reúne os franceses da América do Norte, Roland Lescure, vice de Macron, ficou em primeiro lugar, mas seguido de perto pela candidata do Nupes, Florence Roger.
No dia 6 (Suíça) o deputado cessante, Joachim Son-Forget, eleito em 2017 para En Marche, foi eliminado. Rompendo com seu partido e no centro de muitas polêmicas, ele foi torpedeado por eleitores favoráveis a Marc Ferracci, economista próximo ao presidente Emmanuel Macron.
Os polinésios, que votaram no sábado, em dois círculos eleitorais premiaram os candidatos presidenciais (Nicole Bouteau, 41,9% e Tepuaraurii Teriitahi, 33,2%). No terceiro círculo eleitoral, porém, é Moetai Brotherson, comunista, quem vem em primeiro lugar, que vence com 34,2%, dois pontos à frente do candidato macronista.
Ainda mais do que na eleição presidencial, a abstenção, esperada em nível recorde para um primeiro turno das eleições legislativas (52 ou 53% segundo as pesquisas contra 51,3% em 2017), deve ter um papel fundamental no escrutínio dos 12 e 19 de junho. Os franceses no exterior teriam se mobilizado mais do que em 2017, quando a taxa de participação atingiu 19,1%, segundo dados provisórios. A abstenção dos jovens e das classes trabalhadoras pode beneficiar a maioria atual, que se baseia em um eleitorado mais velho e abastado que o RN ou o Nupes, acreditam os especialistas.
Mas “há preocupação” entre os macronistas, explicou na noite de domingo o investigador Frédéric Dabi (Ifop) ao LCI porque “há hipóteses que dariam maioria relativa” ao campo de Emmanuel Macron, abaixo de uma maioria absoluta de 289 assentos. Ele estaria à frente do Nupes de Jean-Luc Mélenchon (LFI, EELV, PS, PC) que poderia chegar entre 170 e 205 assentos, à frente de LR (35 a 55 deputados) e RN (20 a 50 assentos), segundo pesquisa . Ifop. Mas “por enquanto está excluído o cenário de maioria absoluta para o Nupes”, segundo Frédéric Dabi.
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