(ANSAmed) – LISBOA, 28 DE JULHO – Os números positivos da economia portuguesa suscitam debates e divisões políticas. Segundo dados do Ministério das Finanças, no primeiro semestre deste ano Portugal passou de um défice de 411 milhões de euros registado em maio (e já em baixa face ao mesmo período do ano anterior) para um superavit de mais de 1,1 mil milhões em junho. As razões residem na maior flexibilização das medidas pandémicas, na diminuição gradual do desemprego, mas sobretudo num crescimento de 28% das receitas fiscais, em particular do IVA, devido à subida dos preços. Por isso, as oposições pedem investimentos imediatos em medidas capazes de mitigar os efeitos da inflação. “É imoral o Estado guardar dinheiro num cofre enquanto as pessoas não têm dinheiro para despesas essenciais”, disse há dias Luís Montenegro, presidente dos Social-democratas (centro-direita) num comício do partido. festejar.
Enquanto isso, os comunistas estão expressando “indignação justificada” com os lucros extras das empresas de energia e desafiando o governo socialista a tributá-los. Nestas horas, a petrolífera nacional Galp anunciou resultados que apresentam lucros de 420 milhões de euros no primeiro semestre, um aumento de 153% face a igual período do ano passado. A proposta do PCP suscitou até ao momento reacções muito cautelosas no seio do Governo e uma clara rejeição por parte dos partidos de centro-direita e do empresariado. (ANS Amed).
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