cristão
dormindo
Também por isso, o encontro de quinta-feira no Ridotto com esses dois grandes nomes atraiu um público além de todas as expectativas. Além das personalidades dos dois (Casini, ex-presidente da Câmara e quase inquilino do Quirinal; Franceschini deus ex machina da vitória de Elly Schlein nas primárias do Pd), o que atraiu muita gente foi também o desejo de política, boas política. Para o senador bolonhês, o encontro foi uma oportunidade para apresentar seu último livro, rico em anedotas e reflexões; para o ex-ministro da Cultura
(animado no início, depois se derreteu no abraço de muitos ex-DCs) também uma oportunidade de tentar uma reconciliação com sua cidade. Entre os dois, o prefeito Fabbri, que não é inexperiente politicamente, mas
que pertence a uma geração diferente e a um credo diferente, conquistou um papel como co-protagonista, enfatizando sua própria diferença com os dois campeões da moderação comedida. Aquele espírito inicial da Liga do Norte
(que em 2019 foi votado pela maioria dos Ferrarese) o que o levou a entrar de perna direita numa polémica com o Bispo Perego sobre a questão dos migrantes. Uma polêmica evitável e intempestiva dado o clima tenso no país após a tragédia de Cutro (com o ministro Piantedosi atacado) e em plena investigação da cidade sobre hospitalidade. Mas que reflete a alma original da Liga e que, confesso, não me surpreendeu nada. Já que o Carroccio governa a cidade, eu me perguntava quando irromperia um confronto entre o prefeito (que organizou parte de sua campanha eleitoral sobre segurança e imigração) e o bispo (que construiu sua vida sacerdotal e seu compromisso com a hospitalidade eclesial). A esperança é que haja um retorno ao confronto civil – aqui fica a lição de Casini e Franceschini – baseado no respeito mútuo e na escuta, mesmo que se pense diferente. O que aconteceu quando outro bispo – Luigi Negri – foi vítima de ataques violentos por levantar
(talvez com termos errôneos) o tema educativo dos jovens.
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