Depois de competir no GP do Canadá nos circuitos de Mont-Tremblant (1968 e 1970) e Mosport (1967, 1969, 1971-1974, 1976-1977), a Fórmula 1 corre no circuito urbano de Montreal desde 1978 (1978 – 1986, 1988-2008, 2010-2019 e 2022-presente), em homenagem a Gilles Villeneuve algumas semanas após seu desaparecimento, ocorrido em Zolder em 8 de maio de 1982.
Ao longo dos anos, o circuito de Montreal não sofreu mudanças particularmente significativas, exceto em 1987, quando a corrida canadense foi cancelada devido a uma disputa judicial entre os dois principais patrocinadores (os dois fabricantes de cerveja Molson e Labatt), o que irritou muito a Fórmula 1 chefe Bernie Ecclestone,
Tendo em vista uma reintrodução do GP do Canadá já no calendário da Fórmula 1 de 1988, os promotores locais decidiram renovar a pista, antecipando a entrada do pit lane antes da chicane (e obviamente da última curva) que liderava os pilotos na chegada. linha.
A primeira edição do GP do Canadá com traçado renovado da pista remonta, portanto, a 1988é exatamente na qualificação nós assistimos a um acidente Derek Warwick, que ao fazer uma abordagem errada ao meio-fio da curva 13 perto da última curva perde o controle de seu monolugar vai bater no que nos anos seguintes se tornará o Muro dos Campeões. Warwick era considerado um piloto muito talentoso na época, porém isso não se concretizou devido aos carros não estarem à altura ou devido às escolhas esportivas que acabaram se tornando uma espécie de bumerangue para ele. Por isso o acidente ocorrido em 1988 no Canadá foi considerado como um simples erro de direção pelo piloto. Olhando para trás, porém, podemos ter certeza de que Warwick é o primeiro acidente na Fórmula 1 tendo como protagonista a famigerada Curva 14, que voltará a ser protagonista dupla no 1997. na qualificação é o novato Alexander würz na Benetton (substituindo Gerhard Berger) para bater na parede presente na curva 14 a pouco mais de cinco minutos do fim do treino classificatório. Como podemos constatar nas imagens, o piloto austríaco falha o apoio na curva interna da curva 14, perdendo assim o controlo do seu Benetton, e batendo de forma bastante violenta com o pneu dianteiro direito no futuro Muro dei Campioni. No impacto, o braço da suspensão dianteira quebra, o pneu dianteiro direito se desprende do monolugar, dançando perigosamente na pista, tornando-se um perigo para os pilotos que porventura chegassem.
Em competiçãono entanto, é o Williams por Jacques Villeneuve batendo na parede na curva 14 (no qual aparece a inscrição zombeteira “Bienvenue au Québec”, que traduzido significa “Bem-vindo ao Quebec”. Examinando as imagens, pode-se ver como o piloto canadense, em perseguição à Ferrari de Michael Schumacher, perde a entrada da curva 14 ao se inclinar mais na calçada externa, porém acabando perdendo o controle de sua Williams, e batendo de frente na parede (embora de forma bastante leve).
Mas está em 1999 que o Muro dos Campeões encontra a sua “consagração” definitiva: Depois o acidente na qualificação por Ralf Schumacher (com o piloto alemão que erra a entrada da curva 14 por encostar mais na calçada de fora, e rodar, indo bater com o pneu dianteiro e traseiro esquerdo de sua Williams contra a parede), em competição nada menos que três campeões mundiais bateram na parede na última curva. O primeiro a impactá-lo é o Campeão do Mundo de 1996 damon Colinaquem durante o 14ª rodada perde a entrada da curva 14 ao encostar-se excessivamente no pavimento interior, e acaba por perder o controlo do seu monolugar, tocando na parede com a traseira, e em particular com o pneu traseiro esquerdo.
Durante 29ª rodada é hora de Campeão do Mundo em 1994 e 1995 Michael Schumacher não entre na curva 14 encostando-se excessivamente no meio-fio interno. O campeão alemão perde o controle de sua Ferrari F399, e acaba batendo na parede lateral, danificando não só o flanco, mas também a suspensão dianteira (com a roda dianteira direita pressionada contra a carroceria) e obviamente também a asa dianteira.
Cinco voltas depois, finalmente, e mais precisamente durante a 34ª rodada e a Campeão do Mundo de 1997 James Villeneuve bateu na parede com o pneu dianteiro direito, encerrando sua corrida.
Não é à toa que se chama Muralha dos Campeões! #GPCanada #F1 pic.twitter.com/Bh1w62gNCw
— Fórmula 1 (@F1) 11 de junho de 2023
Considerando o fato de que três campeões mundiais marcaram você em três momentos diferentes na mesma corrida (GP do Canadá 1999), a partir daí, a parede da curva 14 passará a ter o apelido de “Wall Of Champions”, em italiano “Muro dei Campioni”.
De 1999 até hoje foram inúmeros os acidentes que tiveram como protagonista o paredão dos campeões.
No 2001De fato, registramos um duplo acidente na classificação. Se nos estágios iniciais na qualificação é o piloto da Ferrari Rubens barrichello colidindo com o Muro dei Campioni (ele ainda pode se classificar na quinta posição por poder usar a empilhadeira), o mesmo destino ocorre nas fases finais da qualificação com Nick Heidfeld (décima primeira classificatória), que erra a entrada da curva 14 por encostar excessivamente na calçada interna, acaba perdendo o controle de sua Sauber, e vai bater na mureta, danificando a lateral, a asa dianteira e a suspensão para frente, com o dianteiro direito cansar perigosamente na trilha.
No 2005 este é o BAR movido a Honda de Jenson Botão (tornou-se campeão mundial em 2009 com o Brawn Gp) para ter um impacto na corrida contra o Muro del Campioni: estamos na 47ª das 70 voltas previstas, quando o britânico falha a entrada da curva 14 por presumivelmente encostar-se excessivamente no pavimento interior (possivelmente quebrando assim a asa dianteira) e acaba por perder o controlo do carro, indo para bateu na parede lateralmente, danificando não só o para-lama dianteiro, mas também a lateral, os pneus direitos (dianteiro e traseiro) e principalmente a suspensão dianteira.
No 2006 é o piloto português da Midland Tiago monteiro vai bater no muro dos campeões: no TL1, Monteiro ao se aproximar da curva 14 encosta demais no asfalto, perdendo o controle do carro, vai bater no muro lateralmente, danificando a lateral, o pneu dianteiro direito e o suspensão dianteira direita, com a borracha que felizmente permanece presa à máquina graças ao reforço dos cabos de retenção.
No 2007 é o Vitantonio liuzzi tocar o Muro dei Campioni com sua Toro Rosso durante a 23ª volta: neste caso, porém, é um contato leve que não terá repercussão na disputa do piloto na corrida (em todo caso forçado a abandonar na 54ª volta ) devido à redução de velocidade devido à presença do safety car na pista.
No 2010 é o piloto japonês da Sauber Kamui Kobayashi toque na parede dos campeões ao final da primeira volta do GP do Canadá: também neste caso o piloto erra a entrada na última curva, acabando com o impacto contra a parede e danificando parte da lateral, a asa e a suspensão dianteira.
No 2011 é o novo campeão mundial Sebastian Vettel terá um impacto frontal durante o FP1 contra a parede dos campeões danificou o para-lama dianteiro e a suspensão dianteira direita após encostar demais no meio-fio externo, perdendo assim a entrada para a curva final.
No 2012 e a williams para batizar o Muro dos Campeões: se em FP2 é o Bruno Sena pegue o meio-fio interno da última curva com muita veemênciaentrar em parafuso e bater na parede com a traseira, danificando-a bastante, depois bater na frente com um efeito pêndulo, danificando a asa direita e a suspensão, Em Q2 é um colega pastor maldonado perca a entrada da última curva ao decolar na calçada internaperde o carro e bate no muro com a traseira dando um leve contato com o pneu traseiro direito (danificando a suspensão de qualquer jeito), faz um pequeno efeito pêndulo, faz um giro de 360° e depois recupera o controle do seu carro.
No 2016 durante o Q2 é Carlos Sainz Jr. embarcar no Toro Rosso para tocar o Muro dei Campioni, também neste caso cometendo um erro ao entrar na última curva depois de dar muito downforce para o meio-fio interno. O piloto espanhol acabou por perder o controlo do seu monolugar, primeiro embatendo na parede com o pneu traseiro direito, depois também com o dianteiro esquerdo por efeito pendular, danificando a asa bem como as respetivas suspensões.
Magnussen saiu daquele acidente ontem –
Suba a bordo com ele para ver como é o 54g #GPCanada #F1 pic.twitter.com/nXUhEYWkLm
— Fórmula 1 (@F1) 9 de junho de 2019
O último incidente no Muro dos Campeões remonta a 2019e considera como protagonista Haas dirigido por Kevin Magnussen. Impacto devastador, com o piloto dinamarquês que falhou o vértice na última chicane que vai bater no muro como referido, e com o monolugar que nesse momento, também devido ao furo do pneu traseiro direito, foi para seu objetivo é atingir os guardas com a mesma força, danificando fortemente a retaguarda.
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