O Papa Francisco criticou a aprovação do decreto sobre assistência médica à morte em Portugal. Em agosto, ele participa da Jornada Mundial da Juventude e planeja uma peregrinação ao Santuário de Fátima.

O Papa Francisco falou num encontro com centenas de representantes da União Mundial das Organizações Femininas Católicas, onde também falou sobre as comemorações do 13 de maio, “dia em que se celebram as aparições da Virgem Mãe aos pastorinhos de Fátima”.

“Hoje estou muito triste porque foi promulgada uma lei para matar no país onde Nossa Senhora apareceu. Mais um passo na longa lista de países que aprovaram a eutanásia”, disse. o papa disseTirado deAgência Ecclesia.

O Papa, que estará em Portugal para a Jornada Mundial da Juventude, marcada para Lisboa de 1 a 6 de agosto, visitará também o Santuário de Fátima.

Na passada sexta-feira, o parlamento português confirmou o decreto sobre a assistência médica à morte, que o Presidente português tinha vetado, por 129 votos, obrigando à sua promulgação.

De acordo com a Constituição da República, face a um veto, o Parlamento pode confirmar o texto por maioria absoluta dos assentos no pleno exercício das suas funções (116 em 230); depois disso, o presidente deverá emitir o decreto no prazo de oito dias após recebê-lo.

No mesmo dia, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa disse que iria promulgar a lei da eutanásia porque a constituição que jurou defender não deixa outra escolha.

“Eu jurei pela Constituição. A Constituição obriga o presidente a promulgar uma lei que eu vetei e que foi confirmada pelo Parlamento (…) é meu dever constitucional”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, católico praticante, em Estarreja (Aveiro).

(Sílvia Reis | Editado por Nuno Simas | Lusa.pt)