O amor nas notas do fado: com este espetáculo cativante do premiado autor, encenador e ator Pippo Delbono, esta noite, às 21h15, a cortina volta a subir no Teatro della Regina de Cattolica. O espetáculo, que tem Portugal como ponto de partida, apresenta-se como uma viagem musical e lírica.
O centro de gravidade é o amor?
“Amor é uma palavra importante, que traz consigo muitas coisas, violência, luta, alegria. O espetáculo começa daí, tratando o amor em 360 graus. invocá-lo de forma secular e sonhadora, talvez tenhamos a possibilidade de lhe dar voz e libertá-lo da confusão que reinou sobre toda a história desta odisseia global, assustadora e terrivelmente humana.
Como é a cena?
“O amor acontece numa sala muito vazia e essencial, passa por momentos de tristeza e outros felizes. Depois tem muita cantoria, músicas portuguesas, africanas e brasileiras. em palco está a companhia de três músicos portugueses”.
Uma presença não aleatória?
“No espetáculo há uma contaminação com Portugal, principalmente com a história e a música deste país. Estive lá e nasceu essa paixão, porque lá somos mais bem-vindos do que em Itália”.
Depois há outro paralelo.
“Quem viveu a pandemia viveu com o medo do que está acontecendo e de que possa piorar ainda mais. Há um medo suspenso.”
Como você reagiu?
“Este período me atrasou um pouco.”
Você tem muita sensibilidade para com os pobres, como isso contribui?
“Procuro fazer alguma coisa, principalmente me aproximando das pessoas, fazendo teatro e levando mensagens de amor, sentimento que para mim significa compartilhar algo com os outros.”
No que você está envolvido artisticamente agora?
“Primeiro na digressão deste espectáculo que será apresentado em cerca de cinquenta países, depois em filme”.
Nives Concolino
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