O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, fez “a coisa certa” ao afirmar claramente o apoio do seu governo à possível candidatura do ex-primeiro-ministro socialista António Costa à presidência do Conselho Europeu, disse o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, citando o resultado como a razão para a decisão. Eleições europeias.
Falando aos jornalistas À margem de um encontro com a comunidade portuguesa, em Genebra, na terça-feira, Rebelo de Sousa foi questionado sobre o anúncio, na noite das eleições europeias, de que a coligação no poder, Aliança Democrática, e o governo português apoiariam Costa e decidiu concorrer à presidência. do Conselho Europeu.
“Acho que ele fez a coisa certa. Aguardou as eleições e, tendo tido um resultado eleitoral que abriu caminho, disse o que era natural: que o Governo apoia um português e um português com a experiência que tem para o Conselho Europeu”, disse.
O Presidente português lembrou ainda que destacou repetidamente a experiência europeia do antigo primeiro-ministro e que tal candidatura dependeria apenas “da sua vontade e do resultado das eleições”.
“O resultado eleitoral parece abrir caminho para essa hipótese. Depende apenas da vontade de António Costa. Se assim for, isto é claramente uma vantagem: conhece bem a Europa, opera bem na Europa, dá-se bem com os líderes europeus e é uma voz portuguesa. É importante para a Europa e para Portugal”, afirmou.
Embora se tenha recusado a comentar os resultados das eleições europeias portuguesas “como é habitual”, fez uma leitura dos resultados globais das eleições europeias, acreditando que os cidadãos da UE votaram pela “continuidade com as mudanças”, o que reforça as hipóteses de Costa sendo eleito para suceder Charles Michel como Presidente do Conselho Europeu.
“A nível europeu, os europeus votaram: votaram pela manutenção das três forças dominantes, ou pelo menos as mais importantes, as três forças já dominantes, nomeadamente o Partido Popular Europeu (PPE), os Socialistas Europeus e o Partido Popular Europeu. (EPP). liberais”, enfatizou.
“Ou seja, foi um voto pela continuidade, com mudanças, mas essencialmente pela continuidade, como aqueles que dizem que em tempos de guerra, em tempos de crise económica, financeira e social, seria melhor basicamente manter a linha política europeia , com alterações obviamente, como temos visto em vários países”, continuou Rebelo de Sousa.
Segundo o presidente, as “mudanças” solicitadas pelos europeus vão “no sentido da recuperação económica e da justiça social, mas não na posição da Europa no mundo, na Ucrânia ou nas relações entre as grandes potências mundiais”.
Neste contexto de “continuidade com algumas alterações”, o presidente afirmou que António Costa tinha o perfil adequado para o Conselho Europeu porque, além dos “nove anos de experiência na Europa”, sempre “se deu muito bem com o Comissão Europeia e com o Parlamento Europeu.
(André Campos – editado por Pedro Sousa Carvalho | Lusa.pt)
Leis aqui o artigo original.
“Extremo fanático por mídia social. Desbravador incurável do twitter. Ninja do café. Defensor do bacon do mal.”