Milão, 14 de setembro. (askanews) – A Space Italy resolve um possível mistério, após décadas de espera, para explicar por que a coroa solar é mais quente que a superfície.
A equipa da missão da sonda ESA-NASA Solar Orbiter, com uma sequência precisa de manobras para uma correção de atitude de aproximadamente 45 graus (graças aos sensores Made in Italy produzidos pela Leonardo), conseguiu explorar o apoio de outra sonda, a Parker Solar Probe, foi capaz de fazer medições simultâneas – a partir de duas espaçonaves diferentes – da coroa solar e de suas propriedades pela primeira vez.
A coroa solar, na verdade, é formada por gás incandescente, o plasma, cuja temperatura gira em torno de um milhão de graus Celsius. Um mistério para os cientistas porque a superfície do Sol tem “apenas” 6.000 graus. A coroa deveria ser mais fria que a superfície, mas é 150 vezes mais quente.
Mas agora existem possíveis evidências científicas que confirmam as suspeitas habituais.
Os resultados do estudo, publicado na revista The Astrophysical Journal Letters e obtidos pela equipe internacional liderada pelo INAF, o Instituto Nacional de Astrofísica, no qual participaram pesquisadores da Universidade de Florença, da Agência Espacial Italiana e do Conselho Nacional de Astrofísica, pesquisas indicam que os fenômenos de turbulência são as principais causas do aquecimento da coroa solar nessas temperaturas.
As observações do coronógrafo Metis, criado para o Inaf e a Agência Espacial Italiana pela Thales Alenia Space e OHB Italia, permitiram verificar como a turbulência na atmosfera solar pode realmente causar um aquecimento significativo do plasma na coroa.
Com os movimentos do plasma, a energia é transferida em escalas cada vez menores, eventualmente transformando-se em calor. Além disso, no caso da coroa solar, o fluido que a compõe também é magnetizado e, portanto, a energia magnética armazenada fica disponível para ser convertida em calor.
É claro que serão necessárias mais pesquisas antes de podermos dizer que o enigma está resolvido, mas agora, graças ao trabalho de investigadores italianos, os físicos solares têm a primeira medição científica deste processo.
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