O comunicado de imprensa da Arci sobre o Barómetro Europeu da Pobreza e da Insegurança Económica 2023 da Ipsos e Secours Populaire, uma organização associativa francesa. Os dados do inquérito, do qual a Arci é parceira em Itália, estão distribuídos pelos dez países em causa: França, Itália, Polónia, Alemanha, Sérvia, Moldávia, Grécia, Roménia, Portugal, Reino Unido.
Ipsos – Alívio Popular
A população europeia teme o risco de pobreza e de cair numa situação económica precária nos próximos meses. Isto é o que emerge dos dados de Barómetro europeu da pobreza e da precariedade económica 2023 por Ipsos e Secours Populaire, organização voluntária francesa. A investigação, da qual a Arci é parceira na Itália, envolveu dez países – França, Itália, Polónia, Alemanha, Sérvia, Moldávia, Grécia, Roménia, Portugal, Reino Unido – num total de 10.000 pessoas entrevistadas1.000 cidadãos para cada país.
Metade da Europa, ou 48%, teme encontrar-se numa situação económica precária nos próximos meses; mais de um em cada dois europeus, 51%, já se viu na situação de ter de reduzir as suas despesas pelo menos uma vez nos últimos seis meses com saúde, aquecimento, alimentação, transportes; mais de um em cada três pais europeus, ou seja, 36%, não conseguiu satisfazer as necessidades básicas dos seus filhos, da alimentação à saúde, da escola às roupas; 30% de entrevistados de dez países afirma ter sofreu de fome por pular uma refeição pelo menos uma vez.
Mas não para por aí. Mais de um em cada dois europeus, 55% – afirma ainda o Barómetro da Pobreza e da Insegurança Económica – declara ter visto o seu poder de compra diminuir significativamente nos últimos três anos, com as classes médias a descobrirem os efeitos negativos da crise, do aumento da preços dos alimentos e da energia à redução dos serviços públicos substituídos por serviços privados mais caros.
Os dados do nosso país também são semelhantes. 69% dos italianos estão preocupados com o risco de se encontrarem numa situação precária num futuro próximo e 37% afirmam ter desistido do tratamento no último ano devido às longas listas de espera no sistema nacional de saúde e à impossibilidade económica de recorrer a estabelecimentos privados.
Um quadro preocupante que mostra até que ponto a luta contra a pobreza, a precariedade, as desigualdades e a exclusão social deve ser uma prioridade política, na Itália e na Europa. Um contraste que envolve também formas generalizadas de mutualismo para responder às novas e antigas necessidades expressas pela sociedade, para defender e promover os direitos sociais, para difundir uma cultura de solidariedade.
Numa foto com cores tão escuras, solidariedade não falta: a grande maioria das pessoas inquiridas nos 10 países, 76%, afirma estar disposta a comprometer-se a ajudar as pessoas que vivem na pobreza, uma proporção que aumenta nos países mais sofridos, como a Grécia, Portugal e a Sérvia, onde a disponibilidade aumenta até 84%.
Inquérito realizado pela Ipsos France entre 10.000 cidadãos na Europa em amostras nacionais representativas da população adulta (18 anos ou mais) em França, Alemanha, Grécia, Itália, Polónia, Reino Unido, Moldávia, Portugal, Roménia e Sérvia, entre 7 e Junho. 27, 2023
As entrevistas foram realizadas por meio de entrevistas online.
Os dados referentes ao contexto europeu representam a média aritmética entre os dez países.
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