A nova campanha da IKEA em Portugal: quando um escândalo político gera publicidade

Este artigo foi publicado originalmente em Inglês

A gigante sueca do mobiliário IKEA está a zombar do escândalo político em Portugal com uma nova campanha publicitária atrevida.

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Críticas escandalizadas e elogios divertidos surgiram nas redes sociais após o lançamento de uma nova campanha publicitária criada pela Ikea, a gigante sueca do mobiliário. Nos cartazes publicitários de uma livraria lemos: “excelente para guardar livros. São 75.800€”.

**O anúncio refere-se ao recente escândalo político que levou à demissão do primeiro-ministro português e ao dinheiro que o seu antigo chefe de gabinete escondeu numa livraria.
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O dinheiro foi descoberto durante buscas na residência oficial do primeiro-ministro no âmbito da Operação Influencer, em novembro do ano passado. O Primeiro-Ministro António Costa foi detido pela polícia e depois demitiu-se, no que se revelou um caso bizarro de erro de identidade.

Alguns nas redes sociais acharam o anúncio engraçado, enquanto outros criticaram a IKEA, acusando a empresa sueca de fazer declarações “políticas”.

Aliás, esta não é a primeira vez que a marca lança publicidade política em Portugal. Os cartazes anteriores falavam de inflação e de “geringonça”, um termo crítico para descrever o governo de coligação liderado por António Costa em 2015.

Em comunicado, a IKEA afirma que faz “há 20 anos que faz parte do quotidiano dos portugueses”. Gostamos de desenvolver campanhas que reflitam suas vidas reais. A sua rotina, as suas conversas, as suas discussões, mais ou menos acaloradas, e o mesmo humor com que muitas vezes abordam os assuntos mais sérios”, lê-se no comunicado.

No entanto, a IKEA também negou ter “qualquer intenção” de contribuir “para o debate partidário e para o atual contexto pré-eleitoral no país”.

Beowulf Presleye

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