Fiorentina, Sassuolo, Monza, Friburgo, Hoffenheim: essas são as empresas que estão interessadas em Willy Gnonto após sua estreia em alta no azul. Felizmente, a seleção não serve para nada, segundo alguns cientistas do futebol aninhados nos clubes que veem o Club Italia como um obstáculo inconveniente a ser evitado em suas ruas, muitas vezes escuras e pavimentadas com garrafas estrangeiras. Sem falar nos técnicos que ou não percebem os talentos cultivados em casa, ou não têm coragem de colocá-los à prova, levando-os a mudar de cenário. Já Mancini, coragem para vender: isso é confirmado pelos seis estreantes absolutos (Cancelieri, Dimarco, Frattesi, Gnonto, Pobega, Ricci) lançados de uma vez contra a Alemanha, apontada como uma das favoritas do próximo mundial. Sempre será um bom dia quando muitos clubes entenderem não em palavras, mas em atos, o quanto uma seleção forte é fundamental para todo o movimento. Exceto o esnobe.
A boa escolha
Por isso também, a história de Willy, campeão suíço de apenas 18 anos com Zurique e agora um feliz azul na Liga das Nações, é um caso de livro. Crescendo no futebol no próspero berçário do novo campeão italiano Primavera Inter, o rapaz de Baveno aceitou a oferta de Zurique há dois anos. Uma decisão ditada não por meros motivos pecuniários – o contrato do clube de Zhang estava dentro dos parâmetros dos outros meninos -, mas pela possibilidade de jogar imediatamente na principal liga suíça. Uma boa escolha, agora consagrada pelo olho comprido de Mancini e pela força do destino, como evidencia esta foto de Willy, de doze anos, ao lado do treinador do Inter na festa de Natal de 2015.
O antídoto para escapar
O sorriso do filho poliglota de Boris Noël e Chantal Gnonto (não perca a esplêndida reportagem na casa Gnonto de Andrea Ramazzotti, hoje no Corriere dello Sport-Stadio) brilha na capa da nova Itália de Mancini. Em Bolonha ele apenas deu o primeiro passo no caminho da recuperação e a Hungria em Cesena já será um contra-teste significativo, mas a direção está indicada, não há como voltar atrás. Agora é importante fornecer aos clubes o antídoto para a fuga para o exterior de muitos talentos italianos que não podem assinar um contrato profissional até os 16 anos. O que, no devido tempo, permitiu ao Benfica arrebatar Ndour, agora com 18 anos, à Atalanta; no Bayern para atacar o jogador da Juventus Pisano (nascido em 2006); para Dortmund para assinar Dorian Mane (2005). Ramazzotti indica a solução do problema no contrato de pré-treino, que pode ser assinado aos 15 anos, já em vigor em várias federações europeias. Basta copiar.
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