Aliança
Uma viagem à descoberta de Santo António de Pádua
A amizade é feita de silêncios, de coisas nunca ditas mas compreendidas na hora. Esses silêncios que se concretizam com um olhar: quase sempre uma amizade “ganha” com um simples olhar porque nos entendemos imediatamente, num único encontro. E tudo isso aconteceu entre Francisco de Assis e Antônio de Pádua. É um encontro especial que une dois homens, dois santos que, tanto na terra como no céu, tinham muitas coisas em comum. Profundamente diferentes entre si: um, um pobre irmão leigo; por outro lado, ao contrário, padre e douto pregador, teólogo. É a história de uma amizade que não conhece fronteiras entre o céu e a terra, mas tem um único objetivo: espalhar o amor de Deus.
Francesco e Antonio se encontraram pela primeira vez em 30 de maio de 1221, por ocasião da grande assembléia do Capítulo das Esteiras. Todos os anos, Francisco reunia seus irmãos em La Porciuncula, perto de Assis, para discutir a Regra de Vida e encontrar um novo fervor. Antonio, que era frade franciscano há menos de um ano, havia tentado ir como missionário de Portugal para o Marrocos, mas uma tempestade o fez naufragar na Sicília. Ali, fraco demais para embarcar por causa de uma doença contraída durante a viagem, foi convidado pelos irmãos de Messina para ir ao Capítulo de Stuoie, na Úmbria.
Não sabemos se Francesco e Antonio realmente se falaram nesta ocasião: eles se conheceram? Eles falaram sobre a ordem franciscana? Um pouco de mistério permanece em torno deste possível encontro. O que sabemos, é claro, é que as palavras de Francisco naquele famoso capítulo acenderam um fogo na alma de Antoine que nunca se apagou. Porém, a eloquência e a sabedoria de António eram bem conhecidas de Francisco, que entre finais de 1223 e princípios de 1224 iniciou uma correspondência com o irmão mais novo português. Uma carta permaneceu, importante; importante porque nos faz compreender a missão que Antônio de Pádua tinha dentro da ordem franciscana: “Fre Francesco deseja saúde a seu irmão Antonio, meu bispo. Alegra-me que ensines a sagrada teologia aos nossos irmãos, com a condição de que, enquanto te dedicas a este estudo, não percas o espírito de oração e contemplação, como está escrito na Regra”.
Francisco morrerá em 1226 e será declarado santo em 1228; Antonio morreu em 1231 e já era santo em 1232 pelo Papa Gregório IX. A estes “halos” juntar-se-á em 1255 o de Santa Chiara. Alguns anos distanciam os três: em poucos anos a ordem franciscana tem três auréolas. Três personalidades tão diferentes, três biografias diferentes, mas o grande objetivo é contar às pessoas sobre o amor de Deus pela humanidade.
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