As castanhas da Puglia estão de volta com uma colheita estimada em 15% de crescimento em relação ao ano passado, com o clima maluco de agosto que, após a seca, provocou chuvas torrenciais em áreas propícias, como no Gargano. É o que decorre do monitoramento realizado pela Coldiretti Puglia, que estima uma produção regional de mais de 9 mil quintais de excelente qualidade para a fruta símbolo do outono.
É um retorno esperado de um produto muito apreciado pelos consumidores – acrescenta Coldiretti Puglia – que corre o risco de desaparecer na Puglia também devido à presença do galo castanho da China. A guerra biológica total foi lançada contra essa ameaça, juntamente com a defesa contra a Doença da Tinta.
Carpino, Ischitella e Cagnano, no baixo Salento, entre Supersano, Alessano e Paduli, no Murgia, mal arrancados por vírus extraterrestres e doença da tinta, explica Coldiretti Puglia, com base no monitoramento da produção da fruta-pão na Puglia, a castanha.
A pesar – aponta Coldiretti Puglia – estavam, além do clima, os ataques da vespa-da-castanha (Dryocosmus kuriphilus) da China, que há anos infesta as matas causando a formação de galhas nas plantas, ou seja, ou seja, o inchaço de botões de diferentes formas e tamanhos. A doença da tinta, por outro lado, é uma doença causada pelo patógeno Phythophthora cambivora – explica Coldiretti Puglia – ou um fungo pertencente à classe Oomycetes que causa danos visíveis a partir de manchas necróticas que têm uma forma característica de “língua de fogo”.
Ainda estamos longe – aponta Coldiretti – das glórias produtivas do passado para o que Giovanni Pascoli chamou de “a fruta-pão italiana”, símbolo do outono nos livros didáticos de muitas gerações de jovens escolares. Basta lembrar que em 1911 a produção de castanhas era de 829 milhões de quilos, mas há dez anos era igual a 55 milhões de quilos.
As castanhas são consumidas pelo homem desde tempos imemoriais, o historiador grego Xenofonte fala sobre isso primeiro, que viveu entre 430 e 355 aC, que define a castanha como “fruta-pão”, depois em 40 aC JC Marcial. Virgílio ainda fala de castanhas (que se propõe a enxertar a castanha na faia) que lembra aquelas cozidas com leite e comidas com queijo. Durante séculos, graças à castanha, muitas comunidades rurais puderam enfrentar a fome e as crises econômicas como alimento de verdade, ou substituto obrigatório. Depois um lento abandono com o despovoamento do interior da nossa península.
O risco é encontrar no prato, sem saber, castanhas estrangeiras vindas principalmente de Portugal, Turquia, Espanha e Grécia, muitas vezes tomadas por italianas, com forte repercussão nos preços pagos aos produtores. Daí o pedido da Coldiretti para garantir mais controlos sobre a origem das castanhas colocadas à venda em Itália para evitar que todas se tornem, incrivelmente, tricolores.
Pior ainda é a situação dos produtos transformados, para os quais não há obrigação de rotular a origem e da farinha de castanha que, não tendo código aduaneiro específico, nem sabemos quantos são importados.
No entanto, se não quiser correr o risco de comprar muitas vezes castanhas assadas estrangeiras à venda no centro da cidade a um preço elevado, a Coldiretti convida os consumidores a prestar atenção à qualidade e sugere recorrer a um DIY caseiro mais autêntico para garantir um produto fresco. . , seguro e acessível.
Melhor do que ir às feiras de Campagna Amica ou às festas que se podem realizar nos dias de hoje onde é possível fazer boas compras de alta qualidade ou contactar empresas agrícolas e redescobrir o prazer de participar na colheita de castanhas no mato.
Um legado que continua presente nas tradições alimentares de outono dos italianos para ser consumido – conclui Coldiretti – de diferentes maneiras: assado (depois de gravá-los no lado arredondado, coloque-os em uma panela de ferro com fundo perfurado e cozinhe em fogo alto aqueça ou leve ao forno cerca de 30 minutos e após a cozedura é aconselhável envolvê-los num pano húmido); leia (depois de lavá-los bem, cozinhá-los em abundante água salgada por cerca de 40 minutos); cozido em leite e açúcar; utilizado para guarnições particulares, na preparação de primeiros pratos ou pratos elaborados à base de carne.
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