Quão complexo se tornou o sistema aeroportuário italiano. Ao longo dos anos, aumentou o número de empresas que sobrevoam os céus italianos e fazem escala nos principais aeroportos italianos. Para os viajantes, esta é uma vantagem inegável porque, por um lado, vêem aumentar as possibilidades de se deslocarem de uma parte do mundo para outra e, por outro lado, o nível médio das tarifas diminuiu. Mas há obviamente algo de errado e isto está a afectar o nível de satisfação dos italianos e, para ser sincero, também é preocupante.
Qual seria a sua reacção se comprasse um bilhete para um voo internacional numa companhia aérea conhecida, como a Norwegian Air, e depois embarcasse num avião anónimo, todo branco, que mais tarde se revela pertencer à EuroAtlantic? Airways? Não há dúvida de que começarão a aparecer hesitações, mas tudo isso é normal. Pelo menos na Itália.
Aviões brancos e anônimos na Itália
Como Corsera conta nesta história caracterizada pelas intervenções de Companhias aéreas, a consulta das regras de voo e os inevitáveis comentários dos passageiros nas redes sociais, os aviões anónimos que voam nos céus italianos estão a tornar-se a regra e não a excepção. O jornal cita o caso do voo IG627 da Air Italy com destino a Cagliari que, na realidade, se transformou num Fokker 100 da empresa croata Trade Air. Ou o voo easyJet U22697 Milão-Ibiza tornou-se um voo com Airbus A320 operado pela SmartLynx Airlines Estonia.
E até o voo de Roma para Nova Iorque num Boeing 787 Dreamliner da Norwegian Air que finalmente aterrou num Boeing 767-300 da companhia portuguesa EuroAtlantic Airways. Corsera foi mais longe, aprofundou o assunto e descobriu que as diversas companhias aéreas easyJet, Air Italy e Norwegian Air estavam a desviar passageiros para pelo menos sete aviões baseados na Croácia, Portugal, Bulgária, Grécia e Estónia.
Os casos da easyJet, Air Italy e Norwegian Air
Mais exatamente easyJet usa dois Airbus A320 da empresa estoniana SmartLynx Airlines; A Air Italy utiliza o Fokker 100 da empresa croata Trade Air, o Embraer E190 da Bulgaria Air e dois Boeing 737 da empresa búlgara Tayaran Jet e da empresa grega Lumiwings; A Norwegian Air utiliza o Boeing 767-300 português. O fato é que na maioria dos casos são aviões com muitos, muitos anos.
Mas depois do artigo do jornal, chegaram e-mails e mensagens públicas sobre casos semelhantes, como o Plus Ultra Airbus A340 e o Boeing 737 da Air Horizont voando para a Blue Panorama-Blu Express e o Boeing 737 da empresa grega Lumiwings para a Fly Ernest. Nada de ilegal, veja bem, porque a prática do fretamento molhado é regulamentada, sujeita a controles e difundida por questões técnicas e operacionais.
De acordo com a Carta dos Direitos do Passageiro elaborada pela Enac, o passageiro tem o direito de ser informado previamente da companhia aérea que realiza o voo (transportadora aérea operadora) caso esta seja diferente daquela para a qual o transporte foi reservado. (transportadora aérea contratada).
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