Representantes da Ucrânia, Islândia e do Conselho da Europa participaram de um cerimônia na sede de Estrasburgo da Organização para marca um ano desde o início da agressão da Rússia contra a Ucrânia. Em seu discurso, o Ministro das Relações Exteriores da Islândia e Presidente do Comitê de Ministros, Thórdís Kolbrún Reykfjord Gylfadóttir, prestou homenagem ao povo ucraniano: “Testemunhamos a ferocidade contra a qual o povo ucraniano lutou para defender seu direito de escolher o caminho da democracia, dos direitos humanos e do estado de direito para seu povo e seu futuro. Estes são os valores do Conselho da Europa e não devem ser tomados como garantidos”.

A secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejčinović Burić, disse: “Apesar do sofrimento pessoal e da dor causada pelo sofrimento de seus entes queridos, apesar do fato de que milhões de pessoas tiveram que deixar seus países em busca de segurança, os ucranianos não precisam desistir. Eles lutaram e permaneceram determinados. É um país, um povo, que enfrentou injustiças cruéis com determinação inabalável.”

O Presidente da Assembleia Parlamentar, Tiny Kox, sublinhou que “quando o exército russo cruzou as fronteiras ucranianas, a Rússia também cruzou as linhas vermelhas do Conselho da Europa. A participação da Rússia na maior e mais antiga organização baseada em tratados da Europa foi suspensa em um dia e encerrada em três semanas. Ao fazê-lo, pela primeira vez, os restantes 46 Estados-Membros deixaram claro que a guerra é absolutamente incompatível com o compromisso solene dos Estados de proteger e promover a paz na Europa.

O Representante Permanente da Ucrânia no Conselho da Europa, Embaixador Boris Tarasyuk, sublinhou os valores democráticos nos quais se baseia a contínua resistência do seu país à agressão russa: “A invasão em larga escala da Ucrânia por parte da Rússia durante um ano prova que A Ucrânia é um bastião da democracia. Os planos do Kremlin para destruir a soberania ucraniana falharam. A Ucrânia nunca abrirá mão da liberdade, da humanidade, do respeito pelas pessoas, com base nas obrigações do Estado e no direito internacional. A Ucrânia, ao contrário da Rússia, continua a ser uma nação governada pelo povo e para o povo, não por um ditador em benefício próprio.”

A cerimónia, realizada em frente ao Palais de l’Europe do Conselho da Europa, contou com a presença de várias centenas de pessoas.

Discurso:

– Thórdís Kolbrún Reykfjörd Gylfadóttir, Ministro das Relações Exteriores da Islândia e Presidente do Comitê de Ministros

– Tiny Kox, Presidente da Assembleia Parlamentar

– Embaixador Borys Tarasyuk, Representante Permanente da Ucrânia no Conselho da Europa