Forçar os países acusados a respeitar verdadeiramente a Acordos de Paris, assinado por ocasião do famoso Cop21 sobre o clima, mas permaneceu em grande parte letra morta.
Com este objectivo, 6 rapazes portugueses com idades entre os 11 e os 24 anos decidiram levar 32 estados a tribunal sobre o clima antes do CEDHou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
A primeira audiência já ocorreu no dia 27 de setembro. Todos os estados membros da União Europeia estão no banco dos réus, juntamente com o Reino Unido, Turquia, Suíça, Finlândia e Rússia.
Um teste climático: 32 países no banco dos réus
A acusação é a de não fazer o suficiente para proteger o clima e o ambiente, mas também para violar os direitos humanos, a começar pelos dos acusados. Os advogados dos rapazes portugueses afirmam que, com a sua falta de atenção às alterações climáticas, os países estão violando os direitos à saúde dos jovensnegando-lhes a oportunidade de vivenciar a natureza e dificultando os estudos.
Na origem da denúncia dos 6 rapazes estão os dramáticos acontecimentos do verão de 2017, quando as chamas arrasaram 200 mil hectares de floresta na província portuguesa da Beira, provocando 66 vítimas. E é precisamente deste drama que nasceu o primeiro ensaio climático apresentado à CEDH.
O primeiro caso tratado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
Um processo histórico que representa o primeiro julgamento climático perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanose, de um modo mais geral, é considerado o mais importante dos processos de alterações climáticas.
Para vencer, os demandantes terão de convencer os juízes de que sofreram danos diretos e demonstrar que os governos têm a obrigação legal de limitar o aumento das temperaturas globais a perto de 1,5 graus e bem abaixo dos 2 graus, em comparação com a era pré-industrial. vezes. , conforme estabelecido por lei‘Acordo de Paris de 2015.
Com excepção da Rússia, excluída do Tribunal desde a invasão da Ucrânia, todos os outros países acusados apresentaram-se para responder às acusações, mobilizando dezenas de advogados (cerca de 80 no total), contestando as acusações contra eles apresentadas, com base no consideração que as alterações climáticas podem actualmente ser consideradas como uma ameaça concreta para a saúde dos seres humanos.
A acusação e a defesa
A Grécia, por exemplo, afirmou que não há base para reconhecer uma relação de causa e efeito entre as alterações climáticas e a saúde humana.
Os acusadores, por sua vez, reiteram que os tribunais nacionais não fizeram o suficiente para proteger os seus direitos e que a decisão de agir ou não contra o aquecimento global não pode ser deixada ao critério dos Estados.
Tanto que o porta-voz tem quinze anos André dos Santos Oliveira ele disse: “Os governos europeus estão falhando”, explicou, acrescentando que “eles não estão nos protegendo”.
Embora, de acordo com o jovem de vinte anos Martinho Agostinho “Sem medidas urgentes para reduzir as emissões, o lugar onde moro em breve se tornará uma fornalha inabitável”
De acordo com os argumentos apresentados ao Tribunal, com base na atual trajetória do aquecimento global, os requerentes correm o risco de sofrer ondas de calor superiores a 40 graus, com duração mínima de 30 dias.
Também é destacada a exposição a riscos crescentes de outros fenómenos, como incêndios, tempestades e doenças infecciosas. Essas ameaças fariam com que os chamadores sofressem uma ansiedade paralisante, que é outro tema-chave do caso.
“Apresentámos provas que demonstram que os Estados têm o poder de fazer muito mais para regular as suas emissões de gases com efeito de estufa, mas estão a optar por não agir”, disse o advogado. Gerry Listonde Rede Global de Ação Legal, que apoia crianças. Acrescentando que uma condenação “seria como um tratado vinculativo imposto pelo Tribunal ao acusado”.
A sentença em 2024
Os acórdãos do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos influenciam os casos julgados pelos tribunais nacionais, mas acima de tudo são juridicamente vinculativos para os países membros e o incumprimento resulta em pesadas multas.
A decisão está prevista para o primeiro semestre de 2024. Um veredicto de culpa poderia forçar os governos a acelerar os seus planos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Esse é o objetivo dos demandantes, que não pedem indenização financeira.
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