“Conceiçao é como Conte” – Corriere.it

Stefano Beltrame, de 30 anos, número 10 do Marítimo – equipa do Funchal, no arquipélago da Madeira – é o único italiano a jogar na Liga portuguesa e acaba de defrontar o Porto.

Qual time o Inter enfrentará esta noite?
“Um 4-4-2 agressivo e vertical, comandado por um treinador muito forte e que está no mesmo banco há muitos anos. Sérgio Conceição Eu o compararia um pouco ao Conte, porque ele é muito exigente com os jogadores: a intensidade é muito alta, a pressão é muito forte, a reação à perda da bola é imediata. E na frente eles vão fundo, vão na vertical: não gostam muito de posse de bola, são uma equipe concreta”.

Quem são os jogadores mais perigosos?
“Diogo Costa é o guarda-redes de Portugal e é muito forte, também na construção do jogo porque tem dois pés excelentes. Taremi está muito bem, está confiante e é uma grande ameaça. Mas o principal para mim é outro.”

QUEM?
“Pepe, não o zagueiro, mas o ala: ele é muito bom, é pequeno, rápido, passa sempre duas mil horas em cada bola, é bom tecnicamente, integra, finaliza, ajuda e dá assistência. Em suma, pode determinar.”

Os extremos são a chave para o Inter?
“Sim, podem fazer a diferença, porque fecham muito bem. O Porto ataca-te por um lado e não te deixa sair.”

Quais são os pontos fracos do Porto?
“Se forem atacados, eles se colocam em dificuldades e se os ataques fortes te derem espaço, até no contra-ataque. Eles são muito bons na pressão, mas quando precisam manter a bola em jogo, não estão acostumados.”

O Inter ainda é favorito?
“Na dupla comparação, acho que ele consegue.”

Por que?
“É uma equipa mais completa, tem experiência e é forte, com um 3-5-2 muito comprovado. E então ele quer fazer algo importante: sua mente fará a diferença.”

Dragão é menos gostoso do que você pensa?
“Há estádios piores, a começar pelo Da Luz, do Benfica. Mas quando a equipe precisa, o público se faz ouvir. E voltar para casa continua sendo uma vantagem.”

Já fez um donativo ao Porto este ano?
“Sim, na primeira mão venceram-nos claramente por 5-1, enquanto na segunda mão terminou 2-0 e fizemos um excelente jogo.”

A diferença entre o grande e o pequeno é grande?
“Muito amplo, mesmo que às vezes aconteça azar.”

Como foi parar à ilha de Ronaldo (que jogou no Nacional) depois das experiências na Holanda e na Juve Sub 23?
“Eles me queriam há alguns anos, depois de me verem na Holanda. Assim que surgiu a oportunidade aceitei, pois queria me mostrar em um campeonato de alto nível. O futebol português está a evoluir, acho que está um pouco subestimado. Um erro que o Inter não deve cometer.”

Cooper Averille

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