Êxtase total! Portugal derrotado na final, Itália volta a ser campeã europeia após 20 anos

Quase 20 anos se passaram desde aquele distante 26 de julho de 2003.. Uma eternidade, considerando que os jovens campeões da época já têm quase 40 anos. Alguém se aposentou, alguém ainda joga, alguém já é treinador. Há quem tenha conseguido, como Giorgio ChielliniAlberto Aquilan ou Giampaolo Louco (marcando na final com Della Rocca), há quem tenha uma carreira profissional honesta como Simone Padoin ou Cicio Elogios, e há também quem jogou quase exclusivamente nas ligas menores. Mas o que acontecerá com essas crianças só saberemos com o tempo. Entretanto, porém, sabemos que esta Itália Sub 19 E Campeão europeu. De Vaduz, no Liechtenstein, ao Estádio Nacional Ta' Qali – em Malta – para um destino comum: Azul volta a ser a cor mais forte do continente. Um triunfo incrível, quase utópico, após a derrota por 5-1 frente a Portugal na segunda jornada da fase de grupos. Um triunfo construído passo a passo por um treinador – Alberto Bollini – que sabe muito sobre vencer com crianças desta idade. Um treinador que soube repensar a equipa durante a competição, revendo os sistemas de jogo e os papéis. E não é por acaso que ele marcou o gol decisivo Michael Kayode, o lateral direito da Fiorentina atuou como ponta direita no 4-3-3 (e que terminou a partida como ponta direita na defesa de cinco homens…). O seu cabeceamento aos 19 minutos da primeira parte foi o remate da vitória para uma Itália fabulosa, generosa e tacticamente perfeita: e o passe decisivo foi o de outra joia, Luis Hasa da Juve. O Portugal de Hugo Félix, irmão de João, deve capitular. Esta Itália é mais forte. O mais forte da Europa, 20 anos depois.

DOMINAÇÃO AZUL

O treinador português escolheu o mesmo XI que venceu os Azzurri na pré-eliminatória, Selos por outro lado em relação a este jogo muda quatro peões mas confirmando tabuleiro de xadrez fluido da meia-final com a Espanha a repetir Ndour – de volta da desqualificação – no lugar de Ervilhas. A primeira grande oportunidade é para a Itália, com Esposito – no centro do meio-campo Escassez – que não consegue acompanhar a assistência do companheiro depois de escorregar bem atrás de um zagueiro (8º). Que o 5-1 que promoveu a selecção portuguesa no último jogo anterior foi um resultado aleatório, como demonstra o início da Azzurra: agressividade total, boa movimentação de bola, atenção táctica a cada detalhe e remates excessivos de Ndour E Tem um e o cabeçalho superior Esposito (15') são a demonstração mais clara disso. EU'inevitávelou seja, o gol que dá vantagem ao Azzurro chega aos 19 minutos: Regonesi passe uma bela bola para a esquerda para Tem umo craque da Juventus se afasta do marcador direto e cruza com o pé esquerdo, Kayode no segundo poste, cabeceia de Martim Marques e leva a bola para o gol.1-0 brinque com a postagem. A reação de Portugal? Quase nada. A única intervenção de Mastrantonio é uma dupla intervenção de saída que resolve uma situação perigosa, mas a oportunidade de golo mais clara continua a ser a da Itália: o banco de Esposito Está perfeito, Tem um bate rasteiro de primeira intenção, mas Gonçalo Ribeiro escapa (35º). Antes do intervalo, o meia-atacante da Juventus voltou a se mostrar perigoso, mas seu chute da direita saiu por cima (41’). Assim como oúnico tiro real rumo à baliza portuguesa, com a punição de Hugo Félix o que, no entanto, não cria nenhuma emoção em Mastrantonio.

PERFEIÇÃO ITALIANA

A caixa de velocidades dupla (em Martim Fernandes na defesa com Gonçalo Esteves deslizando para a esquerda e Diogo Priosté para Samuel Justo no meio-campo) operado no intervalo por Joaquim Milheiro dá um breve impulso à seleção portuguesa, que no entanto deve estar sempre atenta às acelerações azuis: a primeira é Vinhedo, que semeia o pânico ao convergir pela direita e fazer uma defesa rasteira de Ribeiro (8º). Pensando em não dar nada a uma equipe como Portugalno entanto, é pura loucura: e é aqui que se torna decisivo Mastrantoniofenomenal na cabeça de Martim Fernandes perfeitamente aproveitado após cruzamento de Gustavo Sà (17º). Porém, a Itália sabe sofrer, encontrando novas forças no banco com Lipani antes e Ervilhas então – depois de algumas cobranças de falta irreais do habitual Hugo Felix – ele está muito perto de dobrar a vantagem com Vinhedo, que interrompe o lançamento de Missori e leva a bola para a direita antes de ser bloqueado por uma bela intervenção de Ribeiro (34). EU'assento final dos lusitanos, como no resto da partida, não trouxe qualquer emoção, com exceção de um remate de Nabian, do Empoli, já com o tempo a esgotar-se. A Itália administra, joga com coração e arrasta a partida até o apito final. O da vitória, o da celebração, o da glória.

PORTUGAL-ITÁLIA SUB-19 • Vignato em acção (foto uefa.com)

A FOLHA DE PONTUAÇÃO

PORTUGAL-ITÁLIA 0-1
LÍQUIDO: 19' Kayode (I).
PORTUGAL (4-3-3): Gonçalo Ribeiro; Gonçalo Esteves, António Ribeiro (46' Luís Gomes), Gabriel Brás, Martim Marques (1' Martim Fernandes); Samuel Justo (1' Diogo Prioste), Nuno Félix, Gustavo Sà (31' Herculano Nabian); Hugo Félix (38' rue Miguel Falè), Rodrigo Ribeiro, Carlos Borge. Disponível Diogo Pinto, Jorge Meireles, Da Rocha, João Gonçalves. Joaquim Milheiro.
ITÁLIA (4-2-3-1): Mastrantônio; Missori, Dellavalle A., Dellavalle L., Regonesi; Ndour (20' rue Lipani), Faticanti (35' rue Pisilli); Kayode, Hasa, Vignato (35' rue Koleosho); Espósito. Disponível Palmisani, Chiarodia, D’Andrea, Bozzolan, Amatucci, Turco. Todos os selos.
ÁRBITRO: Sven Jablonski (Alemanha).
ASSISTENTES: Rafael Morim (Luxemburgo) e Robert Kempter (Alemanha).
QUARTO OFICIAL: Gergo Bogar (Hungria).
AVISOS: Gabriel Bras (P), Missori (I), Ndour (I), Nuno Felix (P), Kayode (I), Mastrantonio (I)

O CALENDÁRIO

Segunda-feira, 3 de julho
Polónia-Portugal 0-2
Malta-ITÁLIA 0-4

Quinta-feira, 6 de julho
Portugal-ITÁLIA 5-1
Malta-Polônia 0-2

Domingo, 9 de julho
ITÁLIA-Polônia 1-1
Portugal-Malta 2-1

(nas semifinais, os dois primeiros de cada grupo se enfrentam)

Semifinais

Quinta-feira, 13 de julho
Portugal-Noruega 5-0
Espanha-Itália 2-3

O final

Domingo, 16 de julho
PORTUGAL-ITÁLIA 0-1
às 21h, Estádio Nacional, Ta'Qali

ROLO DE HONRA (vencedores europeus)

Espanha (8), França (3), Inglaterra e ITÁLIA (2), Portugal e Ucrânia (1).

Cooper Averille

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