Este herbicida, patenteado pela Monsanto e comercializado por empresas como a Bayer, foi introduzido na agricultura na década de 1970 e é o mais utilizado no mundo.
por GREENPEACE – Quarta-feira, 8 de novembro de 2023 – 184 leituras
Você sabia que a França é um dos países europeus onde o glifosato é amplamente utilizado, este perigoso herbicida considerado provavelmente cancerígeno pela agência de pesquisa do câncer da OMS? Como resultado deste uso intensivo, quase 100% dos franceses apresentam vestígios de glifosato na urina. Esta é a descoberta desconcertante do estudo realizado por vários centros, incluindo a Universidade de Mayotte e o Inserm de Marselha.
A pesquisa foi realizada entre mais de 6.800 pessoas, com idade média de 53 anos, cujas amostras foram coletadas ao longo de dois anos, entre 2018 e 2020. Apesar disso, o perigoso herbicida Bayer-Monsanto corre o risco de ser autorizado na Europa por mais 10 anos. Você tem até 16 de novembro para agir.
Mas isso não é tudo… o Fundo Francês de Compensação às Vítimas de Pesticidas aceitou recentemente o significativo pedido de indemnização de um rapaz de 16 anos, que sofre de malformações congénitas da laringe e do esófago, devido ao facto de a sua mãe ter sido exposta a glifosato por muito tempo durante a gravidez.
O menino já passou por 54 cirurgias e graças a essa interminável série de operações, agora consegue respirar por meio de uma traqueotomia e comer pela boca. Este é o primeiro caso de compensação reconhecida por esse motivo.
Os resultados do estudo em França confirmam os já obtidos em Portugal, Dinamarca, Alemanha e Estados Unidos. Além disso, na Itália, o glifosato é uma das principais causas de contaminação da água.
- Glifosato
No entanto, a Europa decidiu em 2017 continuar a autorizar o uso do glifosato. Temos agora a oportunidade de proibir este perigoso herbicida!
No dia 13 de outubro, o governo italiano votou paradoxalmente a favor da renovação, mas a maioria não foi alcançada e o jogo continua aberto! Temos agora até 16 de Novembro para pedir ao Governo que decida contra este pesticida e o proíba permanentemente.
A saúde pública e a protecção ambiental devem ter prioridade sobre os interesses privados de multinacionais como a Bayer, que claramente se posicionam contra a renovação do glifosato para salvaguardar o bem-estar das pessoas e dos ecossistemas.
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