Finalmente. Se estivéssemos no Facebook ou em qualquer outra rede social, poderíamos ter correlacionado este advérbio com muitos “eeeee”s e até com um ponto de exclamação. Finalmente Pisa. Até porque venceu na Arena depois de sete meses. Até porque convence pela sua manobra, pela sua personalidade e também pela individualidade mais jovem e promissora. Até porque venceu o Cittadella, que sempre foi o inimigo das cores nerazzurri. Bom, até, sejamos sinceros, para o ranking que também não muda na colocação – Pisa foi décimo terceiro e continua décimo terceiro – mas muda no panorama e na projeção ascendente. Por fim, por fim, porque com a possibilidade de recuperação do jogo contra o Lecco – terça-feira, na Arena – até a colocação imediata pode virar perspectiva de playoff.
Aquilani, durante o pré-jogo, disse: “Não é um novo começo. Nosso campeonato começou em agosto, como os outros”. Honesto e verdadeiro, sem dúvida. Porém, em cada história há muitos episódios, mas alguns acontecimentos específicos mudam o rumo de uma aventura. Espera-se que o Pisa visto com a Cittadella seja agora a versão “oficial”… O que obviamente não significa que o Pisa vencerá todos, mas que poderá competir com intenções diferentes. Sim, porque com bons dribles – também vistos em outras ocasiões – desta vez a manobra foi racional e precisa. Inspirada por senadores como Valoti e Torregrossa, ela encontrou um frescor nunca antes visto em jovens intérpretes. Lisandru Tramoni teve uma atuação fantástica dando assistência ao cada vez mais surpreendente Piccinini, desta vez largando atrás dos atacantes e marcando seu primeiro gol na Série B. Boa atuação também do jovem português Esteves que marcou – no segundo tempo – o placar dois a zero depois de um diálogo emocionante com Torregrossa. No geral, a defesa sofre muito pouco. Canestrelli lidera cada vez mais o departamento e Beruatto apresenta uma atuação interessante na linha central. Além disso, aos dois gols devemos somar a trave acertada por Esteves e – na mesma ação – a trave sacudida por Valoti.
Tudo bem? Sim, exceto nos últimos minutos, quando a Cidadela acorda. Primeiro ele acerta o travessão com Vita e depois, já nos acréscimos, acerta o gol da sorte com Magrassi. Bola no centro e mais uma grande oportunidade para os venezianos frustrada por Nicolas na saída. Um arrepio percorreu as seis mil pessoas na arena, mas desta vez não poderia ter acontecido de outra forma. Isso teria sido uma piada muito grande, mesmo para o estranho Deus do Futebol.
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