Portugal terá eleições antecipadas em 10 de março de 2024. O anúncio foi feito pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, num discurso televisionado. O Presidente da República vai dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais antecipadas, na sequência da demissão do primeiro-ministro António Costa, implicado num escândalo de corrupção.
OBRIGADO
O Presidente Rebelo de Sousa agradeceu a Costa “pela sua disponibilidade” em continuar a liderar o governo até à tomada de posse do seu sucessor. O presidente conservador falava depois de ouvir, algumas horas antes, membros do Conselho de Estado, órgão consultivo, sobre a situação política no país. Rebelo de Sousa optou por convocar eleições, tal como solicitado pelos principais partidos da oposição de direita e esquerda que recebeu na quarta-feira, para ultrapassar a crise política provocada pela demissão surpresa de Costa. Não aceitou a proposta dos socialistas, que teriam preferido uma solução baseada na continuidade, com a nomeação de um novo primeiro-ministro que governaria com o apoio da maioria que detêm no Parlamento.
As pesquisas
Este resultado não seria o ideal porque o Primeiro-Ministro “não seria legitimado pelo voto popular”, explicou o Presidente. O chefe do Governo português, um dos raros socialistas à frente de um governo europeu, foi hoje abalado por uma investigação sobre suspeitas de “corrupção” e “tráfico de influências” na atribuição de concessões de extração de lítio e produção de hidrogénio verde. . António Costa, suspeito de ter intervindo “para desbloquear os procedimentos” neste caso, será alvo de uma investigação independente, segundo o Ministério Público.
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