Como o economista Becchetti de “Tor Vergata” vislumbra o futuro “energético” na Itália
Em entrevista no passado dia 11 de setembro ao programa Rai3 “Presa Dirette”, reconheceu que o atual governo simplificou os procedimentos para a instalação privada de painéis solares e que atribuiu incentivos às empresas que investem na redução do CO2. Ao mesmo tempo, porém, sublinhou a distância ainda a percorrer e o atraso da Itália em relação a outros países europeus, como Alemanha e Portugal, que contam com 60% de energias renováveis, enquanto a Itália ainda está com 20%, ou nos Estados Unidos, onde o presidente Biden assinou em agosto a Lei de Redução da Inflação, com a qual destinou 700 bilhões de dólares para incentivar a transição para as energias renováveis.
Um curso para começar o mais rápido possível e não tão longo: “O tempo necessário é de um mês”, especifica o prof. Becchetti, convidado do episódio “Porta a Porta” da Rai1 de 13 de setembro, explica que a inflação e a crise resultante dependem do aumento dos custos da energia e que a resposta é tornar-se independente das fontes fósseis e acelerar nas energias renováveis. Ao reduzir os custos de produção, as empresas podem se tornar mais competitivas, visando soluções inteligentes e sustentabilidade ambiental, maior desenvolvimento e controle efetivo da inflação. As empresas de economia de energia e talvez mais perspicazes há muito optaram por se tornar autogeradoras; uma prática que pode ser aplicada tanto em larga escala quanto em pequena escala, no dia a dia, com pequenas pilhas, ou mesmo organizando em grupos e compartilhando o acúmulo.
O professor já abordou este tema como orador no evento Summer School “Filosofia e Economia. Um encontro atual e necessário”, organizado pelo DIEC e pelo Departamento de Educação da Universidade de Génova, nos dias 9 e 10 de setembro: objetivo da ‘ encontro foi destacar o forte entrelaçamento, ainda que flutuante ao longo do tempo, entre as duas disciplinas, filosofia e economia, que, se valorizadas, podem levar à construção de uma economia verde, centrada nos jovens, desde a consciência das oportunidades que uma virada decisiva para uma economia civil pode trazer para o futuro econômico e ambiental da Terra.
Fundamental é o conceito e o vínculo entre ética e progresso, entre proteção ambiental e bem-estar, em uma abordagem antropológica da economia tradicional. Tendo em mente o lema queniano (ligeiramente revisitado): “não o que o Estado pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela comunidade”. Em poucas palavras, ser “generativo”, fazer algo que o torne útil e ativo, para si e para todos.
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