Depois de várias vicissitudes, Portugal inaugura um governo. E pela primeira vez, o executivo chefiado pelo primeiro-ministro António Costa, respeita especificamente a igualdade de género. Costa, que venceu as eleições antecipadas em 30 de janeiro por maioria absoluta, deu alguns dos papéis mais importantes às mulheres: nove ministras de 17.
Exatamente metade do governo é, portanto, composto por mulheres. Entre estes há Helena Carreirasprimeira mulher a liderar o Ministério da Defesa e Mariana Vieira da Silva (na figura)nomeado ministro da presidência, ou seja, vice-presidente de Portugal.
Carreiras é conhecido no mundo militar e de defesa português. Perita em sociologia militar pelo Instituto de Lisboa, dirige o Instituto da Defesa Nacional desde 2019.
A Vieira da Silva, entretanto, foram confiadas delegações em missões estratégicas, incluindo a coordenação de fundos para o plano de recuperação e resiliência da Comissão Europeia para Portugal, que vai gerir 16,6 mil milhões de euros.
Outra notícia interessante é a chegada de Elvire Fortunato como Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ela é uma conhecida cientista com uma longa carreira em pesquisa eletrônica. Na Universidade de Lisboa, descobriu as fichas de papel e patenteou com a Samsung um ecrã transparente feito de materiais duráveis.
Segundo a imprensa portuguesa e não só, a principal característica deste governo é a aposta nas mulheres. Este terceiro governo Costa é um dos poucos da história da democracia portuguesa, com o número de ministros e secretários de Estado reduzido em 20% em relação ao governo anterior.
As demais nomeações, na forma masculina, também são inovadoras. Há o ex-prefeito de Lisboa, Fernando Medinacomo o novo ministro das Finanças, quando, em vez Antonio Costa Silva vai liderar o Ministério da Economia e do Mar.
O primeiro-ministro Costa apresentou os nomes ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa dois meses após as eleições, devido a atrasos devido a irregularidades na contagem dos votos dos portugueses residentes noutros países europeus.
O jornal El País informa que a divulgação dos nomes do novo governo gerou um confronto inesperado entre Costa e o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha agendado uma audição oficial na tarde de quarta-feira: irritou Rebelo de Sousa, e pressionou-o a cancelar a reunião”. O Chefe de Estado confirmou que estava desgostoso por ter sabido os nomes pela imprensa e não pelo Primeiro-Ministro.
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