A aldeia de Tiriolo (foto de arquivo)
08 de março de 2023 14:09
A harmonização fiscal na Comunidade faz parte das políticas implementadas pela União Europeia mas, mais do que um ponto fixo, constitui uma tendência devido à relutância de cada Estado em ceder o último dos restantes poderes para afetar a economia nacional.
Escusado será dizer que a gestão da alavancagem fiscal nas mãos de cada sistema individual continua ainda a criar uma espécie de concorrência fiscal entre os diferentes países da União Europeia que procuram atrair, através do desenvolvimento de regulamentos ad hoc, empresas, pessoas e rendimentos associados.
As disciplinas do imposto sobre o rendimento adoptadas pelos vários Estados não só são consideradas como não fazendo parte da concorrência negativa como são mesmo consideradas compatíveis com os princípios comunitários e com as orientações da OCDE. Com base neste raciocínio, já há algum tempo, muitos Estados, para se manterem no domínio aqui em causa, o dos rendimentos de reforma estrangeiros, equiparam-se para atrair os beneficiários destes rendimentos para o seu território, sujeitando-os a condições fiscais extremas. De fato, as fileiras dos aposentados italianos atraídos pela tributação existente na Portugalao invés de em as ilhas canáriaspara citar apenas alguns territórios europeus.
A Itália não ficou inativa, embora tenha “acordado” um pouco mais tarde e, notando a circulação limitada dada, não parece muito convencida de suas próprias medidas. Depois de instituído em 2017 um regime especial para atrair para Itália o chamado “McPatinhas” com uma taxa fixa de 100.000 euros sobre todos os rendimentos gerados no estrangeiro, medida que, recorde-se, beneficiou alguns grandes futebolistas que, armas, bagagens e rendimentos movimentados sob a toupeira, com a lei das finanças para 2019,
“A fim de incentivar o investimento, o consumo e o enraizamento nos municípios pertencentes às regiões do sul da Itália, com população não superior a 20.000 habitantes e nas áreas afetadas pelos diferentes terremotos de 2016 e 2017“, inclusive o Bel Paese está tentando atrair para seu território pessoas físicas com rendimentos previdenciários recebidos no exterior. ser tributado em apenas 7%.
As belas aldeias do sul da Itália já representam em si um válido motivo de atratividade e aliar a beleza cênica e cultural à alavanca da atratividade econômica constituiria certamente uma excelente política que, no entanto, exigiria melhor divulgação. Para tal, as Regiões e Municípios interessados poderão e deverão tornar-se promotores, eventualmente com uma ação coordenada ao nível das Embaixadas e Consulados visando a divulgação da importante medida fiscal.
Antonio Bevacquajornalista e contador de Catanzaro, editou um e-book de mais de 120 páginas para a editora especializada “Ratio”, disponível para download na página https://www.ratio.it/ebook/i-benefici-fiscali-per-i-pensionati-esteri-in-italia-epub-pdf em formato pdf e epub, que ilustra todas as vantagens fiscais para os reformados estrangeiros que decidem mudar a sua residência para um dos municípios do sul de Itália. Na publicação, além de listar os municípios envolvidos, entre os quais eu 394 municípios da Calábria, são analisados os aspetos relativos aos sujeitos que podem beneficiar do benefício fiscal e os aspetos práticos de gestão.
“Extremo fanático por mídia social. Desbravador incurável do twitter. Ninja do café. Defensor do bacon do mal.”