P300.it não é assessoria de imprensa de ninguém e ninguém dita sua linha editorial
O direito de criticar é fundamental. Partindo dessa premissa e aproveitando a oportunidade de tirar alguns dias de folga, cabe uma reflexão geral sobre o que está acontecendo e aconteceu nas últimas duas semanas no mundo da F1 e na mídia.
Tudo começou, aliás, há quinze dias, com as declarações de Stefano Domenicali em direto durante o MotoGP de Portugal sobre a sua posição a favor da redução dos treinos livres.
Uma frase que, como num passe de mágica, despertou mais de uma pessoa do torpor em que caíam há alguns anos. Talvez fosse necessária uma sentença direta em uma política muito diplomática e sussurrada. O fato é que a declaração ao vivo mexeu um pouco com as águas, com algumas perguntas que alguém começou a fazer sobre se uma determinada política de gerenciamento de circo é correta ou não.
Não pretendo repetir o que já escrevi extensivamente sobre o assunto, pois apenas estaria repetindo e porque já argumentei suficientemente minhas opiniões sobre o assunto. Acrescentaria apenas que o GP da Austrália explicou esse reflexo da melhor (ou pior, dependendo do seu ponto de vista) alguns dias depois.
O que quero reiterar é que a liberdade de expressão e crítica continua sagrada no mundo da informação. Nos dias seguintes à publicação do meu longo artigo sobre a mudança ocorrida na F1 e no MotoGP (artigo, resumo, opinião), P300.it foi atacado publicamente e rotulado como uma mídia que só pensa em ganhar seguidores com manchetes sensacionalistas, gabando-se de fazer jornalismo escrevendo besteiras.
O pretexto foi outra declaração de Domenicali sobre o número de GPs na temporada, “Todo mundo quer um Grande Prêmio, poderíamos ter 32 por ano”, noticiado por dezenas de outras mídias também muito mais renomadas, grandes e importantes do que nós. Artigos dos quais há ampla evidência demonstrando o mesmo tipo de conteúdo e títulos, alguns precisos ao pé da letra.
Por este título, temos sido atacados publicamente por personalidades próximas dos que comandam o Circo, mesmo com a indicação do que teria sido um título adequado e menos “sensacionalista”. Não, não funciona assim. P300.it não é assessoria de imprensa de nenhuma pessoa física ou jurídica e não deixa ninguém ditar sua linha editorial.
Não havia nada de sensacionalista neste título, como demonstraram todos os meios de comunicação importantes (muito mais do que P300.it) que relataram as mesmas notícias nos mesmos termos, antes e depois NOSSO. Com a dúvida de que todos não foram atacados publicamente como aconteceu conosco. Ou, pelo menos, não estamos cientes disso hoje.
O fato de o Acordo do Concorde estabelecer o limite de corridas em 25 (detalhe fornecido como prova de que o título era sensacionalista) é agradável, mas isso não significa nada: gostaria apenas de ressaltar que com 6 Sprints, que no total são CORRIDAS que ganhar PONTOS para o campeonato mundial, esse limite de fato já será superado este ano, com uma bela burla do Pacto e das regras. E, quando os Sprints se igualarem aos GPs, iremos direto para 48/50 corridas por ano. Que Pacto, então?
Não estou interessado em citar nomes, pois a prática de criticar publicamente é bastante comum em um mundo onde muitas vezes reina o egocentrismo. Infelizmente, as atitudes das pessoas podem mudar por conveniência pessoal. Lamento muito ter que responder publicamente a uma acusação conscientemente pública quando apreciações e pensamentos anteriores foram compartilhados por telefone. Parece uma vontade firme de atacar e não é nada apreciada.
Desculpe ter que ser notificado de outro estouro sob o qual outros personagens – obviamente desinteressados - lançaram uma espécie de escárnio público do grupo contra mim e dez anos de trabalho neste site. Mesmo personalidades importantes que provavelmente nunca abriram uma única página. Não que eu queira culpá-lo, mas às vezes não é preciso muito para se decidir. Sem esquecer outros que, no passado, se alimentaram deste site para preparar o seu trabalho ou pensaram encontrar, neste grupo, um ombro para levar a cabo as suas batalhas internas dentro da empresa. E paro por aqui.
As acusações que recebemos são inadmissíveis. Para além das ofensas pessoais, a que estou habituado há anos, não posso aceitar que a credibilidade deste site, por detrás do qual se esconde uma obra absurda, seja minada não por um título – o pretexto, como já disse – mas porque as opiniões publicadas sobre como administrar essa Fórmula 1 não vão na mesma direção daqueles que pulverizam esportivamente a Fórmula 1 em benefício dos negócios.
________
Seção 1
Liberdade de informação e crítica
A atividade do jornalista, por meio de qualquer ferramenta de comunicação produzida, é inspirada na liberdade de expressão sancionada pela Constituição italiana e regida pelo artigo 2º da lei nº. 69 de 3 de fevereiro de 1963:
“A liberdade de informação e crítica é um direito irreprimível dos jornalistas, limitado pelo respeito às disposições da lei ditadas para proteger a personalidade alheia e sua obrigação inalienável é a de respeitar a verdade substancial dos fatos, observando sempre os deveres impostos pela lealdade e boa fé.
Informações imprecisas devem ser corrigidas e quaisquer erros reparados. Jornalistas e editores são obrigados a respeitar o sigilo profissional quanto à fonte da informação, quando exigido pela natureza fiduciária da informação, e a promover o espírito de colaboração entre colegas, a cooperação entre jornalistas e editores e a confiança entre a imprensa e os leitores”.
__________
Liberdade de expressão: ninguém pode tirar isso de nós. Liberdade de crítica: não somos assessoria de imprensa de ninguém. A proteção da personalidade dos outros deriva do fato de nunca nos permitirmos insultar ninguém. O que estamos expondo são revisões de uma linha, não revisões de uma pessoa. O nome da pessoa que emite as declarações é irrelevante e alheio ao conteúdo das mesmas.
A confiança entre a imprensa e os leitores deste site é também garantida pelo facto de, quando erramos, sermos os primeiros a dar a cara, a explicar que erramos e a corrigir os erros cometidos. . Isso é contrário às inferências que lemos de que apagaríamos os erros para não causar má impressão.
Manter um diário é muito mais difícil se as escolhas forem feitas em favor dos leitores e não da carteira. Pode-se começar a publicar artigos com títulos Clickbait, que estão tão na moda: nesse sentido, aconselho a quem não sabe o que significa o termo que se informe. Acusar-nos de usá-los sem poder reconhecê-los denota um certo desconhecimento dos computadores e da informação. Também podemos começar a postar adesivos de pilotos, fofocas sobre esposas e namoradas, desfiles de moda e assim por diante. Coisas que o novo curso adora e também que parte do novo público é elevado.
Não o fazemos porque temos uma linha editorial (será velha e boomer? Paciência) em que acreditamos. Mais uma razão para eu considerar as alegações recebidas inadmissíveis. Esperei dias antes de publicar este artigo, porque tive que desabafar a amargura de uma ação inesperada. Não é justo ser atacado publicamente com base em nada e, como mídia, temos uma reputação a defender, especialmente quando atacados por conveniência.
Escusado será dizer que a linha editorial e principalmente as opiniões deste site não mudarão nem um pouco depois do que aconteceu. Vou continuar e continuar a dizer o que pensamos sem filtros: se vierem mais ataques, vamos tomar nota deles e certamente podemos separar as críticas construtivas das acusações ideológicas e tristes como a última. Se nos penalizar em outras áreas, cuidaremos disso, mas não vamos recuar a partir deste ponto.
Não pretendemos dizer que somos perfeitos e que fazemos bem o nosso trabalho, mas pelo menos tentamos fazê-lo sem tirar sarro dos nossos leitores. Ao mesmo tempo, não aceitamos nenhuma imposição de ninguém sobre como fazer isso.
Feliz Páscoa.
Foto: GERENCIAR
“Extremo fanático por mídia social. Desbravador incurável do twitter. Ninja do café. Defensor do bacon do mal.”